Cristiano Ronaldo vai ser acionista de referência do grupo Cofina, que detém, entre outros títulos, o Correio da Manhã, a CMTV e o Jornal de Negócios. Em causa está um processo de 'Management Buy Out' (MBO), que está a ser liderado por Luís Santana e Octávio Ribeiro.
A notícia, refira-se, é avançada pelo ECO, que cita fonte próxima das negociações, sendo a proposta formal ainda não foi apresentada aos atuais acionistas da Cofina, mas está em fase final de conclusão.
A operação de MBO está a ser preparada e, ao que indica o ECO, há contactos com "potenciais investidores para o financiamento da operação", entre os quais um acordo com Cristiano Ronaldo.
O mesmo meio de comunicação revela que, no âmbito do acordo - cujos detalhes ainda não são conhecidos -, os atuais acionistas da Cofina vão manter-se no capital, embora com posições mais baixas.
O que é um MBO?
Um MBO acontece quando uma empresa é comprada pelos seus gestores.
O administrador executivo da Cofina Media Luís Santana confirmou à Lusa, em maio, que, em conjunto com quadros da empresa, estava a preparar um MBO, garantindo que "em momento algum ficará refém de qualquer tipo de interesses".
"Eu e um conjunto de quadros da Cofina Media estamos a preparar um 'Management Buy Out', que planeamos apresentar oportunamente ao acionista da empresa, com o qual não temos mantido qualquer tipo de negociações", afirmou Luís Santana, quando questionado pela Lusa sobre o tema.
"A independência que caracteriza os meios da Cofina Media é um valor de que a equipa não abdica, assegurando desta forma a sua sustentabilidade, garantindo aos portugueses que em momento algum ficará refém de qualquer tipo de interesses, sejam eles de âmbito político, económico, religioso ou desportivo", sublinhou Luís Santana.
O administrador salientou que "a equipa tem um conhecimento profundo da Cofina Media, um projeto vencedor, credível e independente".
A motivação "para esta operação passa pelo desenvolvimento do seu modelo de negócio, ao mesmo tempo que se garante a sua independência, pois entendemos que um projeto jornalístico só o é se for independente", asseverou Luís Santana.
A equipa, prosseguiu, "está consciente de que haverá forças que se movem para prejudicar esta operação, o que não constitui uma surpresa, tendo em conta que há interesses nas sociedades atuais que se movimentam no sentido de reduzir ou anular os media independentes, corajosos e ao serviço dos leitores e da sociedade".
Este projeto "assegurará o necessário financiamento junto, em primeiro lugar, dos promotores do MBO, mas também junto das instituições financeiras e de investidores nacionais idóneos e confortáveis com a independência dos media, único garante da credibilidade e do sucesso empresarial da Cofina Media", concluiu Luís Santana.
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