Após o Governo ter 'cortado' na taxa de juro dos certificados de aforro, no início de junho, registou-se uma desaceleração na corrida à subscrição destes certificados, segundo dão conta as mais recentes estatísticas do Banco de Portugal.
A notícia foi inicialmente avançada pelo ECO, com base nos dados recentemente divulgados pelo Banco de Portugal. Contas feitas, registou-se em junho uma redução de 70% face ao montante líquido emitido no mês anterior.
Isto porque, confirmou o Notícias ao Minuto, no mês em que o Governo reduziu as remunerações dos Certificados de Aforro, contabilizaram-se apenas 670,4 milhões de euros em novas emissões, bastante abaixo dos 2,2 mil milhões de euros investidos pelos portugueses neste produto de poupança do Estado em maio.
Ainda assim, e apesar da desaceleração registada no mês passado nas subscrições, com estes novos montantes aplicados pelos cidadãos nesta modalidade de poupança atingiu-se mais um recorde no valor total investido, de 33,2 mil milhões de euros - o mais elevado de que há registo.
Importa lembrar que, na sequência da suspensão da anterior série de Certificados de Aforro, com uma taxa de juro que se fixava já nos 3,5% para novas subscrições, o Governo acabou por determinar a "criação da 'Série F'", com uma taxa inicial mais baixa, de 2,5%.
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