"[O]resultado líquido atribuível aos acionistas atingiu 69 milhões de euros, uma diminuição de 41,6%, refletindo o apoio às famílias, o aumento dos custos financeiros e dos impostos e o investimento na expansão e digitalização dos negócios", refere a empresa em comunicado hoje divulgado.
Nos primeiros seis meses deste ano, o volume de negócios consolidado da empresa liderada por Cláudia Azevedo ultrapassou os 3,8 mil milhões de euros, uma subida de 12% em termos homólogos, suportado pelos ganhos de quota de mercado da Worten e da MC [Modelo-Continente] e ainda pelos investimentos na expansão dos negócios.
Por sua vez, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) totalizou 350 milhões de euros, subindo 9,5% em termos homólogos, com a margem EBITDA a recuar em 0,2 pontos percentuais, o que é explicado pelos "esforços contínuos para absorver parte da pressão inflacionista, sobretudo nos formatos de retalho alimentar".
De acordo com a informação hoje enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o investimento consolidado da Sonae atingiu os 684 milhões de euros nos últimos 12 meses, aumentando 22%, com expansão orgânica dos negócios e aquisições.
Citada no comunicado, a presidente executiva (CEO) da Sonae, Cláudia Azevedo, assinala o "desempenho globalmente muito positivo" registado pelo grupo ao longo do segundo trimestre deste ano, apesar do ambiente macroeconómico "volátil" e de "contextos competitivos desafiantes".
Relativamente aos vários segmentos de negócio do grupo, a Sonae salienta o crescimento de 12,6% do retalho alimentar da MC face ao primeiro semestre de 2022, num semestre em que a insígnia abriu 18 novas lojas próprias.
No retalho de eletrónica refere que, apesar das pressões inflacionistas no poder de compra e do ambiente "altamente competitivo", a Worten conseguiu reforçar o volume de negócios (nos canais 'online' e 'offline') nas categorias de eletrodomésticos e eletrónica e também de outras, em resultado do 'marketplace' e dos serviços associados.
A Sonae adianta ainda ter intensificado a sua política de responsabilidade corporativa, dando destaque às doações de alimentos, tendo em conta o contexto de crescentes dificuldades das famílias. Neste contexto, refere que o apoio à comunidade aumentou 15% no primeiro semestre, atingindo 13,5 milhões de euros.
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