Números do serviço estatístico da UE revelam que nos primeiros três meses deste ano, em comparação com igual período de 2022, Portugal reduziu em 0,11% as emissões de gases com efeito de estufa com peso na economia, embora sendo o país comunitário com menor decréscimo anual entre os que registaram reduções.
Relacionando a aposta climática com a economia europeia, os dados do Eurostat apontam que, "dos 21 países da UE que diminuíram as suas emissões, apenas seis diminuíram também o seu PIB - Chéquia, Estónia, Lituânia, Luxemburgo, Hungria e Polónia -, o que significa que 15 países da UE - Portugal, Croácia, Bélgica, Malta, França, Espanha, Países Baixos, Alemanha, Áustria, Roménia, Itália, Chipre, Grécia, Eslovénia e Bulgária - conseguiram diminuir as emissões e aumentar o seu PIB".
Neste primeiro trimestre de 2023, as emissões poluentes com peso na economia diminuíram em quase toda a UE em comparação com o período homólogo de 2022, exceto na Irlanda (+9,1%), na Letónia (+7,5%), na Eslováquia (+1,9%), na Dinamarca (+1,7%), na Suécia (+1,6%) e na Finlândia (0,3%), sendo que as maiores reduções de gases com efeito de estufa foram registadas na Bulgária (-15,2%), na Estónia (-14,7%) e na Eslovénia (-9,6%).
No conjunto da UE, entre janeiro e março deste ano, as emissões de gases com efeito de estufa relacionadas com a economia da UE totalizaram 941 milhões de toneladas de equivalente de dióxido de carbono, uma diminuição de 2,9% em comparação com o mesmo trimestre de 2022.
O Eurostat realça ainda que "esta diminuição ocorreu em simultâneo com um aumento de 1,2% do PIB da UE no primeiro trimestre de 2023, em comparação com o mesmo trimestre de 2022".
Nestes primeiros três meses do ano, os setores económicos responsáveis pela maior parte das emissões poluentes foram as famílias (24%), a indústria transformadora (20%), o fornecimento de eletricidade e gás (19%), a agricultura (13%), seguidos do transporte e armazenamento (10%).
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