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Preços das telecomunicações aumentam 3,9% em julho

Os preços das telecomunicações aumentaram 3,9% em julho em relação ao período homólogo, apesar de se terem mantido face a junho, divulgou hoje a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), num comunicado.

Preços das telecomunicações aumentam 3,9% em julho
Notícias ao Minuto

16:13 - 28/08/23 por Lusa

Economia Anacom

"Em julho de 2023, os preços das telecomunicações, medidos através do respetivo grupo do Índice de Preços do Consumidor (IPC), não se alteraram face ao mês anterior", destacou.

No entanto, em comparação com o mês homólogo, os preços aumentaram 3,9%, sendo que "esta variação dos preços das telecomunicações foi 0,9 pontos percentuais (p.p.) superior ao verificado pelo IPC (3,1%)", disse a Anacom.

De acordo com o regulador, "a taxa de variação média dos preços das telecomunicações nos últimos 12 meses foi de 2,6%, ou seja, 4,7 p.p. abaixo da registada pelo IPC (7,3%)".

A entidade detalhou ainda que, de acordo com o Eurostat, as taxas de variação média em Portugal, nos últimos 12 meses, foram de "4,2% nos serviços em pacote e 1,4% nos serviços telefónicos móveis".

Na comparação com a União Europeia (UE), Portugal registou, nos últimos 12 meses, uma taxa de variação média dos preços das telecomunicações superior em 1,9 p.p. à verificada no bloco europeu.

Analisando as ofertas das operadoras, em julho, a Anacom concluiu que "as mensalidades mínimas eram oferecidas pela Nowo em oito casos de um leque de 13 serviços/ofertas, enquanto a Meo e a Vodafone apresentaram as mensalidades mais baixas para quatro e dois tipos de serviço/ofertas, respetivamente" e a "NOS apresentava a mensalidade mais baixa em um serviço/oferta".

Na comparação homóloga, "registou-se um aumento de preços em 33 serviços/ofertas e uma diminuição em seis serviços/ofertas", disse a Anacom, realçando que a despesa mínima do STF [telefone fixo] aumentou 5,3% devido ao aumento do preço por minuto das chamadas para a rede fixa do tarifário voz fixa da Vodafone, de 7 cêntimos para 7,38 cêntimos".

Já a mensalidade mínima da oferta de STM [móvel] com Internet no telemóvel aumentou 4,3% devido ao fim da oferta da primeira mensalidade do tarifário da Nowo, e ao fim do tarifário pós-pago Uzo com mensalidade de 7,50 euros com oferta da primeira mensalidade da MEO, em março de 2023".

Por outro lado, as mensalidades mínimas das ofertas em pacote com três ou quatro serviços (3P e 4P) e de duas ofertas 2P "diminuíram devido a um aumento do valor do desconto, durante os primeiros seis meses, da oferta da Nowo a partir de janeiro de 2023".

Já a mensalidade mínima da oferta 5P "aumentou 12,3% devido ao aumento da mensalidade da oferta Fibra 4 Light da Vodafone, em fevereiro de 2023, e devido à descontinuação dessa mesma oferta em junho de 2023".

A Anacom referiu que "em relação ao mês homólogo do ano anterior, e por prestador, a Meo aumentou a mensalidade de oito serviços/ofertas enquanto a NOS aumentou a mensalidade de dez serviços/ofertas".

Por sua vez, "a Vodafone aumentou a mensalidade mínima em todos os 13 serviços/ofertas considerados" e a "Nowo diminuiu a mensalidade de seis serviços/ofertas (resultado do aumento do valor do desconto, durante os primeiros 6 meses) e aumentou a mensalidade em dois serviços/ofertas".

Segundo a Anacom, Portugal registou a décima maior variação de preços mais elevada entre os países da UE, sendo que em média os preços das telecomunicações em contexto europeu aumentaram 0,7%.

Detalhando por tipo de ofertas, as taxas de variação média dos últimos 12 meses dos preços de serviços em pacote e dos serviços telefónicos móveis em Portugal "foram ambas 2,1 p.p. superiores à média da EU", adiantou.

A Anacom disse ainda que "numa perspetiva de longo prazo e em termos acumulados, os preços das telecomunicações cresceram 16,7% desde o final de 2010 enquanto o IPC cresceu 24,2%".

O regulador destacou por fim que, "entre o final de 2009 e julho de 2023, os preços das telecomunicações em Portugal aumentaram 14,6%, enquanto na UE diminuíram 8,5%".

Leia Também: Comunicações em pacote? Receitas têm maior crescimento desde 2016

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