A entidade assinala que em agosto deste ano o consumo de energia elétrica foi de 4.089 GWh (gigawatts-hora), cerca de mais 1,8% que os 4.025 GWh em agosto do ano passado.
"As energias renováveis abasteceram 46,3% do consumo de eletricidade em Portugal Continental, seguindo-se o saldo importador com 29,7% e as energias não renováveis com 24,0%", acrescenta a Adene.
De acordo com a entidade, a distribuição do abastecimento de eletricidade teve a seguinte desagregação por fonte: eólica 23,9%, solar fotovoltaico 10,1%, biomassa 6,2%, e a hídrica 6,1%.
Em termos homólogos, houve uma queda da produção não-renovável (-36,6%) e aumentos da produção hídrica (60,6%), do solar fotovoltaico (44,3%) e da eólica (37,8%).
A entidade revelou ainda que, quanto ao gás natural, em agosto o consumo foi de 4.166 GWh, menos 22,6% que os 5.384 homólogos.
Segundo a Adene, "o mercado elétrico, que corresponde ao gás natural consumido nas centrais de ciclo combinado para a produção de eletricidade, foi responsável por 40,1% do consumo, sendo os restantes 59,9% destinados ao mercado convencional".
A agência revelou ainda que a Nigéria foi o maior fornecedor de gás de Portugal, "com uma quota de mercado de 41,3%, seguindo-se os EUA com 26,5%, Rússia (16,9%), Trinidade e Tobago com (12,6%)", indicando que a importação de gás natural através das interligações com Espanha foi de 2,7%.
Destaca-se a cada vez menor utilização de gás natural para a produção de eletricidade (menos 39,2% face a agosto de 2022) e o reaparecimento das importações da Rússia, algo que não se observava desde abril do ano corrente.