André Gomes, que tomou posse como presidente da Entidade Regional de Turismo do Algarve (ERTA) em agosto, fez um balanço positivo do encontro mantido com o presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, e recordou que a reunião se inseriu numa ronda de contactos, que incluiu também a Confederação do Turismo de Portugal e o secretário de Estado do Turismo, para preparar "o novo ciclo", iniciado no setor com a recente tomada de posse das Entidades Regionais de Turismo.
As reuniões serviram para, de um "ponto de vista formal", o novo presidente da ERTA "apresentar cumprimentos", "definir estratégia" e "articular modos de funcionamento neste novo ciclo do turismo a nível nacional, que agora tem início em 2023", indicou.
"De uma forma geral serviram precisamente para definirmos uma forma de articulação estreita, muito próxima, aliás numa evolução muito positiva, julgo eu, daquilo que se tem passado nos últimos anos e, das reuniões, resulta precisamente uma consonância naquilo que são os objetivos", avaliou André Gomes.
O presidente da ERTA disse ter sentido "abertura por parte dos responsáveis do turismo" para "alguns constrangimentos que se verificam ao nível do funcionamento das entidades regionais de turismo" e apontou o "subfinanciamento" como uma das principais preocupações em análise.
A mesma fonte considerou que estão em causa constrangimentos "ao nível do funcionamento, ao nível do financiamento das entidades regionais", que deixam as entidades regionais "claramente subfinanciadas, por força de uma dotação em termos de Orçamento do Estado que se mantém inalterada" desde 2016.
André Gomes frisou que as entidades regionais de turismo têm "um conjunto de missões e atribuições" como a "promoção no mercado interno", mas também no "mercado interno alargado, ao nível do mercado espanhol", e disse ter registado por parte dos interlocutores "uma abertura" e "um entendimento muito prático do que são estes problemas".
O presidente da ERTA assinalou também a "forte vontade e disponibilidade" demonstrada para "ajudar a resolver e a eliminar estas entropias" de uma legislação que classificou como "perfeitamente desatualizada" e que garantiu estar "dificultando muito" a ação da ERTA, no que se refere ao desenvolvimento da sua atividade e ao "recurso a fontes de financiamento".
André Gomes registou com satisfação o "reforço, com comparticipação externa extraordinária", anunciado pelo secretário de Estado em maio, e felicitou o governante pelo incremento das "dotações financeiras atribuídas às entidades regionais de turismo por força da outra fonte de financiamento" da parte do Estado, que são as "receitas próprias do Turismo de Portugal".
"Aqui verificou-se um reforço de cerca de 20% naquilo que é a dotação financeira atribuída às entidades regionais e que registámos com muito apreço", acrescentou André Gomes, frisando que o montante global disponível através deste financiamento era de "3,5 milhões de euros" e passa a ser de "4,2 milhões para o próprio ano", cabendo à ERTA "qualquer coisa como 150.000 euros".
Questionado sobre o balanço que faz dos encontros, o presidente da ERTA respondeu que é positivo e salientou a abertura, o "nível de articulação muito estreita e muito próxima" e a concordância que foi alcançada com os restantes interlocutores.
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