China quer Macau a aderir ao maior acordo de comércio livre do mundo

A vice-ministra do Comércio chinesa disse hoje que a China gostaria de ver Macau a aceder à Parceria Económica Regional Abrangente (RCEP, na sigla em inglês), o maior acordo de livre comércio do mundo.

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Lusa
14/09/2023 06:49 ‧ 14/09/2023 por Lusa

Economia

Macau

"Iremos fazer os preparativos para que Macau possa entrar na RCEP o mais cedo possível", disse Guo Tingting, num discurso transmitido na cerimónia de abertura da Conferência Industrial e Comercial para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.

A Grande Baía é um projeto de Pequim para criar uma metrópole mundial que integra Hong Kong, Macau e nove cidades da província de Guangdong, numa região com cerca de 80 milhões de habitantes e com um produto interno bruto (PIB) superior a um bilião de euros, semelhante ao PIB da Austrália, Indonésia ou México, países que integram o G20.

A RCEP foi assinada em novembro de 2020 por 15 países da Ásia e da Oceânia, incluindo a China, o Japão, a Coreia do Sul, a Austrália e a Nova Zelândia, e entrou em vigor a 01 de janeiro de 2022.

A outra região administrativa especial chinesa, Hong Kong, solicitou oficialmente em março de 2022 a adesão ao RCEP, algo que é possível para novos membros a partir de 01 de julho de 2023.

A RCEP vai eliminar cerca de 90% das tarifas de importação dentro de duas décadas e estabelecer regras comuns em matéria de investimento, comércio eletrónico e propriedade intelectual.

O PIB dos países signatários é equivalente a 30% da economia mundial, enquanto que o acordo representa cerca de 28% do comércio mundial e um mercado de cerca de 2,2 mil milhões de pessoas, cerca de um terço da população mundial.

O tratado é visto como uma plataforma para apoiar a ascensão da China como potência económica na região Ásia-Pacífico, em detrimento dos Estados Unidos.

Negociações para um acordo semelhante entre os Estados Unidos e os países da Ásia-Pacífico - a Parceria Trans-Pacífico (TPP) - foram abandonadas pela Administração norte-americana em 2017.

Leia Também: Antigo líder de Macau defende unificação monetária no sul da China

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