Estas posições foram defendidas por Elvira Fortunato no final do debate parlamentar da moção de censura ao Governo apresentada pelo Chega, em que também procurou realçar a tese de que os três executivos de António Costa já aumentaram a despesa em investigação e desenvolvimento em 85%.
Numa alusão aos problemas dos estudantes do Ensino Superior deslocados face ao aumento dos custos da habitação, a ministra advertiu que os processos para a construção de novas residências universitárias obedecem a regras burocráticas inerentes à administração pública.
"Um dos aspetos mais preocupantes com que Portugal e a Europa se confrontam atualmente é o da habitação. Está em execução o Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, o maior investimento de sempre em residências públicas para estudantes. Entre 2021 e 2026, passaremos de 157 para 243 residências e de 15073 para 26772 camas", declarou, recebendo palmas da bancada socialista.
"Porém, sabemos que obras e empreitadas são processos que não são imediatos", completou, numa alusão às regras de licenciamento para contratação urbanística.
Ao nível da ação social escolar, a ministra do Ensino Superior disse que este ano, "pela primeira vez", as decisões sobre atribuição de bolsas de estudo foram comunicadas aos estudantes na fase da sua colocação.
"O número de estudantes a quem será pago este mês a bolsa de estudo é o maior de sempre", sustentou, antes de adiantar que, no mínimo, haverá 17 mil estudantes a receber bolsa de estudo, "o que representa mais 30% de estudantes com bolsas pagas neste data do que no ano passado".
Ainda de acordo com Elvira Fortunato, os valores máximos das bolsas de estudo "aumentaram 42% para estudantes de mestrados".
Na sua intervenção, a ministra apontou igualmente que todas as vagas abertas para educação básica foram preenchidas e que aumentaram as vagas nos cursos de medicina.
"Estamos perante a taxa mais elevada de estudantes no Ensino Superior nas três primeiras fases", acrescentou.
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