"Nós temos de melhorar muito a nossa eficiência coletiva"

O ministro da Economia disse hoje que o país tem de "melhorar muito" a eficiência coletiva e destacou que as Agendas Mobilizadoras são o "projeto mais transformador" que Portugal tem no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

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Lusa
20/09/2023 11:32 ‧ 20/09/2023 por Lusa

Economia

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"Nós temos de melhorar muito a nossa eficiência coletiva", afirmou Costa e Silva, em Leiria, onde hoje decorre o 1.º encontro anual das "Agendas Mobilizadoras -- Parcerias que transformam a economia", no âmbito da iniciativa "Governo + Próximo", dedicado ao distrito e que termina na quinta-feira.

Segundo o governante, que tem as tutelas da Economia e do Mar, "esta eficiência coletiva significa que, na submissão dos pagamentos, eles têm de ser feitos de acordo com as despesas elegíveis".

"O IAPMEI [Agência para a Competitividade e Inovação] pôs a plataforma de pagamentos em funcionamento em junho. (...) Mas é muito importante que as submissões sejam feitas de acordo com as regras, para não perdermos tempo e a eficiência coletiva é cada um de nós fazer a sua função", adiantou, perante dezenas de pessoas, incluindo o primeiro-ministro, António Costa, e outros membros do Governo.

As Agendas Mobilizadoras e Agendas Verdes para a Inovação Empresarial são investimentos do PRR, financiado pelos fundos europeus do principal instrumento extraordinário de resposta da União Europeia à pandemia de covid-19, o Next Generation EU. São projetos em parceria entre empresas, universidades, centros tecnológicos e entidades públicas.

"O que temos aqui na base é a difusão da inovação e do saber, e a escola e o saber são geradores de crescimento económico. E o crescimento económico, a longo prazo, como provam todos os estudos, baseia-se na inovação cumulativa", assinalou António Costa e Silva, considerando que, com as Agendas Mobilizadoras, a economia portuguesa pode dar, até 2026, "um salto muito significativo em termos do crescimento".

O ministro referiu-se ainda ao discurso do presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, segundo o qual as Agendas Mobilizadoras superam "um certo sentido individualista", uma das "fragilidades do país", para dizer que estas "são, também, uma mudança no paradigma conceptual de funcionamento da economia e da sociedade portuguesas".

"Temos, como nunca, as empresas a dialogarem umas com as outras, a dialogarem com o sistema científico e tecnológico, a dialogarem com a administração pública. Mas temos de melhorar todas estas interações, desde logo dentro das agendas que estão a funcionar", apelou.

Por outro lado, desejou que as Agendas Mobilizadoras sejam "uma grande plataforma para afirmar" as capacidades do país.

"Nós, que passamos a vida a diminuir-nos a nós próprios, a puxar o país para baixo, a não reconhecer o nosso valor, eu queria que as Agendas Mobilizadoras fossem uma grande plataforma para afirmar as nossas competências, as nossas capacidades e a crença em nós próprios", prosseguiu, assinalando que "a História do país mostra, com muita clareza, que quando" se colabora uns com os outros e se aumenta a eficiência coletiva, se pode "responder aos grandes desafios".

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