António Costa acredita que se vive um "momento de verdadeira transformação estrutural dos países" mas que, em Portugal, ainda temos de trabalhar as "necessidades sociais".
No encerramento da Sessão de Apresentação da Reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o primeiro-ministro frisou que "nunca tivemos um investimento desta dimensão em habitação", mas apontou também o esforço do Executivo em alargar as condições de acesso ao Ensino Superior.
Sobre a transformação digital, energética e climática, diz que há um "investimento sem paralelo", a par do que se faz na "mobilidade sustentável".
"O investimento no digital é uma oportunidade extraordinária para o país. Pela primeira vez, não partimos para uma revolução tecnológica com um 'handicap' de partida e temos a vantagem de ter uma população muitíssimo mais qualificada. Temos conseguido atrair grandes investimentos graças à nossa posição geográfica, capacidade e qualidade. E é isso que pode permitir gerar, de modo sustentável, emprego mais qualificado que retenha e atraia talento qualificado para o nosso país", asseverou.
Recorde-se que a Comissão Europeia (CE) avaliou positivamente a reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português, conferindo a Portugal nota máxima em todos os critérios de avaliação, à exceção dos custos.
O plano tem agora um valor de 22,2 mil milhões de euros em subvenções e empréstimos e abrange 44 reformas e 117 investimentos.
De acordo com Bruxelas, as alterações introduzidas por Portugal no plano inicial baseiam-se na "necessidade de ter em conta a elevada inflação registada em 2022 e as perturbações na cadeia de abastecimento causadas pela guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, que tornaram os investimentos mais caros e causaram atrasos".
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