A Ryanair anunciou, esta quarta-feira, que condena a proposta da ANA - Aeroportos de Portugal de aumentar as taxas aeroportuárias em 18% no próximo ano.
Na opinião da companhia aérea, "não há qualquer justificação para estes aumentos excessivos de preços, para além das já elevadas taxas aeroportuárias da ANA", segundo um comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
"Esta proposta excessiva da ANA, que não enfrenta concorrência em Portugal, é exatamente o oposto daquilo que os aeroportos portugueses necessitam - em particular, os da Madeira e dos Açores, onde dependem de taxas aeroportuárias baixas para impulsionar a conectividade e o turismo", pode ler-se.
A ANA defendeu os aumentos nas tarifas aeroportuárias que propôs para 2024, a maioria de menos de um euro, justificando-os com a inflação e aumentos dos anos anteriores, segundo uma nota enviada à Lusa.
No documento, a gestora indicou que a "definição das taxas resulta da aplicação das fórmulas de regulação económica do anexo 12 do contrato de concessão, o qual é de conhecimento público desde 2012".
De acordo com a ANA, o contrato prevê "uma evolução globalmente alinhada com a inflação, adicionando as taxas que não foram cobradas em anos anteriores", destacando que "o contexto de inflação elevada impacta de forma significativa os custos de exploração e de investimento dos aeroportos".
O Jornal de Negócios avançou que a ANA queria subir as taxas em Lisboa em cerca de 18% no próximo ano.
A gestora destacou que as evoluções de taxas propostas (excluindo os acertos de taxas de anos anteriores) mantêm-se inferiores a um euro em todos os aeroportos, com exceção de Lisboa e Madeira, inferior a dois euros.
Assim, de acordo com a ANA, o aumento proposto para Lisboa é de 1,92 euros, a que acrescem 0,5 euros de acertos de taxas não cobradas em anos anteriores.
Para o Porto, a proposta contempla uma subida de 0,63 euros mais 0,35 euros de acertos.
A ANA propôs 0,63 euros de aumento para Faro, mais 0,31 euros correspondentes a acertos de anos anteriores.
Nos Açores o aumento proposto é de 0,63 euros e na Madeira é de 1,08 euros, disse a gestora.
A empresa justificou que "estes valores representam uma parte mínima do valor total dos bilhetes de avião", salientando que "a título exemplificativo, o aumento proposto para Lisboa corresponde a menos de 1% do valor médio de um bilhete de avião no aeroporto de Lisboa".
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