O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, concluiu a sessão no International Exchange Futures a cotar 2,54 dólares acima dos 94,01 com que fechou as transações na terça-feira.
A cotação estava consolidada em torno dos 93 dólares na semana passada, depois da subida causada pelo anúncio feito pela Arábia Saudita e da Federação Russa de prolongamento os seus cortes de produção até ao final do ano.
Para o forte aumento de hoje contribuiu uma baixa acima do esperado das reservas de petróleo dos EUA, que diminuíram 2,2 milhões de barris na semana passada, o que sugere um aumento da procura.
Entre os analistas, aumentaram as perspetivas de a cotação alcançar os 100 dólares por barril à medida que se aproximam os meses frios do ano.
"Na última semana vimos uma certa realização de ganhos. O facto de o preço estar a evoluir para níveis mais elevados é potencialmente um sinal do sentimento de alta entre os investidores", afirmou Craig Erlam, da Oanda.
"As cotações do crude continuam o seu avanço incansável, com o nível de 100 dólares por barril cada vez mais à vista", disse, por seu lado, Michael Hewson, analista da CMC Markets, que alertou, ao mesmo tempo, de que o próprio aumento do preço pode começar a destruir a procura nas próximas semanas.
"Não nos surpreenderia que o petróleo Brent superasse os 100 dólares por barril, com base nas nossas estimativas de que a procura global de petróleo vai ultrapassar tranquilamente a oferta no resto do ano", apontou-se em documento analítico da Capital Economics.
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