Num comunicado hoje divulgado, o CEO da companhia, Michael O'Leary, precisa que "os cancelamentos entrarão em vigor no final de outubro e serão comunicados a todos os passageiros afetados por e-mail nos próximos dias".
Aos passageiros afetados será oferecido reacomodação em voos alternativos ou um reembolso total, se assim o desejarem.
O'Leary disse ainda que a situação não deverá afetar o objetivo de tráfego para o ano inteiro de 183,5 milhões por agora, embora tenha reconhecido que se os atrasos se agravarem ou se prolongarem mais no período de janeiro a março de 2024, esse número poderá ter de ser "revisto e ajustado ligeiramente para baixo".
No comunicado, a companhia aérea de baixo custo afirma que esperava receber 27 aviões entre setembro e dezembro, mas devido a atrasos na produção nas instalações da Spirit Fuselage em Wichita, juntamente com atrasos nas reparações e entregas da Boeing em Seattle, espera agora receber apenas 14 aviões entre outubro e dezembro.
A Ryanair afirma que está a trabalhar com a Boeing para tentar acelerar as entregas no período de janeiro a maio de 2024, de modo a iniciar a época alta de viagens de verão de 2024 com as 57 novas entregas previstas.
Os ajustamentos que a Ryanair vai efetuar esta semana ao programa de inverno implicam uma redução de três aviões em Charleroi (Bélgica), de dois aviões em Dublin e de cinco aviões em quatro bases italianas, incluindo Bérgamo, Nápoles e Pisa.
Sem especificar o número, a Ryanair afirma que haverá também reduções de aeronaves em East Midlands (Reino Unido), no Porto (Portugal) e Colónia (Alemanha).
A Ryanair pede desculpa por estes cortes "inevitáveis", uma vez que não dispõe de aviões de reserva para o inverno, porque é necessária uma manutenção programada em toda a sua frota de mais de 550 aviões, a fim de os ter disponíveis para "o programa de verão mais vasto" que a transportadora está a planear para o verão.
"Estamos a trabalhar em estreita colaboração com a Boeing e o seu fornecedor, a Spirit, para minimizar atrasos nas entregas", afirma ainda Michael O'Leary, citado no comunicado.
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