O último relatório, divulgado hoje, reflete um abrandamento do crescimento nos países em desenvolvimento do Leste da Ásia e do Pacífico em comparação com a previsão de abril, quando fixou o crescimento do produto interno bruto (PIB) da região em 5,1% em 2023 e 4,8% em 2024.
As economias em desenvolvimento da Ásia Oriental incluem, além da China e da Mongólia, países como a Indonésia, o Camboja, a Malásia, Myanmar (antiga Birmânia), Filipinas, Tailândia, Laos, Vietname, Timor-Leste e Papua-Nova Guiné.
Estão também incluídas as nações insulares do Pacífico (Fiji, Kiribati, Ilhas Marshall, Micronésia, Nauru, Palau, Samoa, Ilhas Salomão, Tonga, Tuvalu e Vanuatu).
Apesar da revisão em baixa, as estimativas ainda colocam a região com um crescimento mais rápido do que o registado no resto do mundo emergente, sublinha-se no relatório.
"A região (...) continua a ser uma das mais dinâmicas e de crescimento mais rápido do mundo, mesmo que o crescimento esteja a moderar", afirmou a vice-presidente do banco para o Leste da Ásia e Pacífico, a portuguesa Manuela Ferro.
"A médio prazo, o crescimento sustentável exigirá reformas para manter a competitividade industrial, diversificar os parceiros comerciais e desbloquear o potencial do setor dos serviços", acrescentou.
No relatório atribui-se a desaceleração tanto ao contexto global, com uma queda na procura de exportações e políticas geralmente mais restritivas, como ao impacto do abrandamento na China.
Por outro lado afirma-se que, embora a melhoria das condições externas favoreça a região em 2024, as "dificuldades internas persistentes na China" continuarão a ter um impacto negativo.
"O que acontece na China é importante para toda a região", sustenta-se, acrescentando que "uma redução de 1% no crescimento da China está associada a um declínio de 0,3 pontos percentuais no crescimento regional".
O Banco Mundial mantém a mesma previsão de abril para o crescimento da China em 2023 (5,1%), mas baixa-a para 4,4% em 2024, em comparação com os 4,8% estabelecidos em abril.
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