Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average progrediu 0,87%, o tecnológico Nasdaq avançou 1,60% e o alargado S&P500 ganhou 1,18%.
A trajetória da sessão foi ditada pela divulgação do relatório mensal do Departamento do Trabalho, que deu conta da criação de 336 mil empregos em setembro, quase o dobro dos 170 mil esperados pelos economistas.
Para mais, a Departamento reviu em alta a informação dos dois meses anteriores, com um acrescento de 119 mil.
"Isto vai colocar mais alguma pressão sobre a Fed [diminutivo de Reserva Federal, o banco central dos EUA] para subir as taxas" na sua próxima reunião, comentou Chris Zaccarelli, da Independent Advisor Alliance.
Os operadores estão agora a atribuir uma probabilidade superior a 40% à hipótese de uma nova subida até ao final do ano.
No entretanto, os rendimentos obrigacionistas voltaram a ter um forte crescimento.
Assim, o rendimento proporcionado pelas obrigações da dívida pública federal dos EUA a 10 anos estabeleceu um novo máximo dos últimos 16 anos, em 4,8852%. O seu correspondente a 30 anos também subiu para um máximo, no caso desde 2007, para 5,05%.
Apesar do bom desempenho bolsista de hoje, a sessão abriu em baixa, antes de inverter a tendência, contra as expectativas, tanto nas ações, como nas obrigações.
Os operadores "decascaram" o relatório sobre o emprego, para o analisar em pormenor e irem além do número principal, considerou Sam Stovall, da CFRA.
Em particular, viram que a progressão do salário médio diminui em setembro, para 4,2% em termos anais, depois de 4,3% no mês anterior, abaixo das expectativas.
"Os investidores concluíram que o cenário de uma aterragem suave da economia dos EUA, com uma desaceleração da inflação, continua a ser credível", o que lhes criou uma disposição otimista e os levou para as compras, segundo Sam Stovall.
Leia Também: Wall Street recua após divulgação de dados do emprego nos Estados Unidos