Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,04%. Pelo contrário, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,25% e o alargado S&P500 fechou estagnado, com uma baixa de 0,01%.
"O mercado foi hoje submetido a forças contrárias", comentou Angelo Kourkafas, analista da Edward Jones.
Vários indicadores económicos deram testemunho da força da economia norte-americana, como as vendas do comércio retalhista, que subiram 0,7%, em setembro, em termos mensais, mais do dobro dos 0,3% antecipados pelos economistas.
Por outro lado, os números de julho e agosto foram revistos em baixa.
O nível da produção industrial também surpreendeu, ao apresentar uma progressão mensal de 0,3%, em setembro, o triplo do esperado.
"A economia [dos EUA] entra no quarto trimestre com mais força do que se imaginava", constatou, em nota analítica, Michael Pearce, da Oxford Economics.
"É uma boa notícia, na medida em que isso dá credibilidade ao cenário de uma aterragem suave" [da economia], estimou Angelo Kourkafas, "mas, ao mesmo tempo, isso coloca pressão nos rendimentos obrigacionistas.
E, de facto, os rendimentos das obrigações do Tesouro federal dos EUA subiram, depois da publicação dos indicadores do dia.
Assim, o rendimento do título a dois anos, o mais representativo das antecipações dos investidores em matéria de política monetária, atingiu os 5,23%, no máximo de 17 anos.
"A Reserva Federal [Fed] não vai gostar do facto que o seu endurecimento monetário não dissuadiu os consumidores de gastar", preveniu Gina Bolvin, analista do Bolvin Wealth Management Group.
Os operadores atribuem agora uma probabilidade de 43% ao cenário de uma nova subida da taxa de juro de referência em dezembro.
Entre economia resistente e taxas elevadas, "o resultado foi neutro" sobre os índices, que terminaram hoje muito perto do equilíbrio, explicou Angelo Kourkafas.
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