De acordo com o banco de investimento norte-americano Goldman Sachs, a fuga de capitais da segunda maior economia do mundo ascendeu este mês ao equivalente a 4,8 mil milhões de euros.
Na semana passada, o índice CSI 300, que reúne as maiores empresas cotadas na China, caiu 4,2%, aproximando-se do nível mais baixo dos últimos 12 meses.
"Com as taxas de juro mais altas por mais tempo nos Estados Unidos e a necessidade de maior flexibilização da política monetária na China, a pressão para a saída de capitais e a depreciação [da moeda chinesa, o yuan] vai persistir", afirmaram os economistas do Goldman Sachs, num outro relatório publicado hoje.
Cerca de 75 mil milhões de dólares (mais de 70 mil milhões de euros) saíram do país em setembro, a maior saída líquida desde 2016, de acordo com o banco norte-americano, que utiliza a sua própria medida do fluxo monetário transfronteiriço.
Esta saída ocorreu depois de uma fuga de 42 mil milhões de dólares em agosto (quase 40 mil milhões de euros), quando tanto a balança de capitais como a balança corrente registaram défices.
Apesar do elevado excedente nas trocas comerciais entre a China e o resto do mundo, o país registou uma entrada líquida de 15 mil milhões de dólares em setembro, contra 26 mil milhões de dólares em agosto, o que sugere que as empresas mantiveram parte das suas receitas de exportação fora do país, face à depreciação da moeda chinesa.
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