No total, 2,85 milhões de pessoas estavam registadas como desempregadas na quarta maior economia da zona euro em 30 de setembro, mais 92.700 do que no trimestre anterior, informou o organismo público num comunicado de imprensa.
A taxa de desemprego espanhola, uma das mais elevadas da zona euro, tinha atingido em junho o nível mais baixo desde 2008, graças ao dinamismo da atividade, nomeadamente do turismo, após a quebra provocada pela pandemia de covid-19.
O INE atribui a ligeira recuperação no terceiro trimestre principalmente a uma deterioração no setor dos serviços - que inclui o turismo, do qual dependem quase 12% dos empregos em Espanha - com mais 35.900 pessoas desempregadas.
A situação também se deteriorou na agricultura (+16.900) e na indústria (+4.700), enquanto melhorou no setor da construção, onde houve menos 21.100 desempregados.
Enquanto a taxa de desemprego se deteriorou ligeiramente, o número de pessoas empregadas em Espanha aumentou em relação ao segundo trimestre (+209.100). No total, 21,27 milhões de pessoas estavam empregadas no país no final de setembro.
Esta dinâmica surge numa altura em que a Espanha conseguiu manter um crescimento robusto nos últimos meses, apesar das pressões associadas a uma inflação elevada e ao contrário dos seus principais vizinhos europeus.
O Produto Interno Bruto (PIB) espanhol registou um crescimento de 0,6% no primeiro trimestre e de 0,5% no segundo, graças, nomeadamente, a uma recuperação do consumo e a um elevado nível de investimento.
Para o conjunto do ano de 2023, o Governo espanhol prevê um crescimento de 2,4%.
Esta expetativa está próxima da do Fundo Monetário Internacional (2,5%) e do Banco de Espanha (2,3%).
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