De acordo com o Relatório do Sistema de Pagamentos do Banco de Cabo Verde (BCV), no ano passado, a população bancarizada era de 79,2%, contra 20,8% que não tinha conta em nenhum banco comercial, numa população que no total soma cerca de 500 mil pessoas.
Em 2022, prosseguiu a mesma fonte, os cabo-verdianos abriram 42.376 novas contas, contra as 40.651 que tinham sido criadas no ano anterior.
Do total das contas, 82,6% (35.020) foram de particulares, 16% (6.800) de empresas e os restantes 1,3% (556) representam outras contas, como as pertencentes ao Estado, a Instituições Financeiras e a Entidades não Financeiras Privadas.
Comparativamente ao ano de 2021, o regulador bancário cabo-verdiano constatou que houve um aumento de 1.725 novas contas abertas em 2022, com destaque para as contas de particulares, as quais detiveram 89% (1.536) do aumento do registo global.
No que diz respeito à evolução da média de cobertura da população por agência/balcão, o BCV verificou que continua a evoluir positivamente, ou seja, há cada vez menos habitantes por agência/balcão, havendo uma agência/balcão por 3.944 habitantes em 2022.
O Banco de Cabo Verde verificou, ainda, diferenças entre os concelhos, quando comparados entre si em termos de densidade populacional e de número de agências, e que a distribuição da rede de agências é mais acentuada nas ilhas onde há uma maior concentração populacional,
Nessa lista, Santiago lidera, com 46,8% (59) das agências, seguida de São Vicente 12,7% (16) e Sal 11,9% (15), somando as restantes ilhas 28,6% (36) agências.
Quanto à distribuição do setor bancário por ilhas, no ano passado manteve-se o registo dos últimos anos, sendo que três das instituições de crédito (Banco Comercial do Atlântico (BCA), Caixa Económica de Cabo Verde (CECV) e Banco Cabo-verdiano de Negócios (BCN)) têm presença nas nove ilhas habitadas do país.
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