"O Governo decidiu que o prémio que era de 3.000 euros para os dirigentes passasse a ser de 4.000 euros para compensar o impacto da avaliação na carreira", disse o secretário-geral da Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), José Abraão, após uma reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, em Lisboa.
A revisão do sistema de avaliação de desempenho da administração pública (Siadap) está a ser discutida entre o executivo e os sindicatos desde julho, tendo o Governo apresentado na altura uma proposta que contemplava prémios de 3.000 euros para os dirigentes de topo, na sequência de eventual reconhecimento de excelência dos respetivos serviços.
Na reunião de hoje, além do aumento dos prémios para os dirigentes para 4.000 euros, o Governo propôs um alargamento das quotas para atribuição das notas mais altas para os trabalhadores, de 25% para 30% para a classificação de "bom" e de "muito bom", sendo que, destes últimos, 10% poderão ter "excelente", face aos atuais 5%.
José Abraão considerou que o alargamento das quotas constitui "um avanço", embora defenda que "a proposta do Governo possa ser melhorada", tendo pedido uma reunião suplementar.
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