"No entanto, o ritmo de crescimento do rendimento real das famílias per capita abrandou no segundo trimestre de 2023 em comparação com o primeiro trimestre", quando se registou um aumento de 1,4%" refere a OCDE - Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico num comunicado hoje divulgado.
A OCDE precisa que, apesar do aumento global do rendimento real das famílias per capita, a situação foi mista nos países da OCDE, já que dos 21 países para os quais existem dados disponíveis, 11 registaram um aumento no segundo trimestre de 2023, enquanto dez registaram uma queda.
Entre as economias do G7, o rendimento real das famílias per capita aumentou em todos os países para os quais existem dados disponíveis, com exceção da Itália.
O Canadá registou o maior aumento do rendimento real das famílias per capita (1,2%), impulsionado pelo crescimento da remuneração dos trabalhadores por conta de outrem e dos trabalhadores por conta própria, que inverteu parcialmente a queda no primeiro trimestre de 2023.
O segundo maior aumento foi registado no Reino Unido (0,9%), impulsionado por aumentos nas prestações sociais e, em menor grau, pela remuneração dos trabalhadores por conta de outrem. Por outro lado, nos Estados Unidos, o crescimento do rendimento real das famílias per capita abrandou para 0,5% no segundo trimestre de 2023, face a 2,3% no trimestre anterior.
O rendimento real das famílias per capita e o PIB real per capita na OCDE têm registado uma tendência ascendente desde o segundo trimestre de 2022.
Embora os dois indicadores tenham divergido durante a pandemia de covid-19, com o PIB real per capita a subir a partir do seu mínimo no segundo trimestre de 2020 e o rendimento real das famílias per capita a cair a partir do primeiro trimestre de 2021, estão agora a evoluir em conjunto.
A tendência ascendente desde o segundo trimestre de 2022 foi impulsionada pelos Estados Unidos, Reino Unido e França.
Entre os outros países da OCDE, a Hungria registou o maior crescimento do rendimento real das famílias per capita no segundo trimestre de 2023 (3,0%), à medida que as pressões inflacionistas diminuíram.
A Polónia registou a maior contração do rendimento real das famílias per capita (-3,4%), com o PIB real per capita também a cair (-1,3%).
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