Eurodeputados exigem à UE mais financiamento para ajuda humanitária
O Parlamento Europeu exigiu hoje à União Europeia a adoção de um modelo de ajuda humanitária mais inovador e mais financiamento, capaz de refletir a realidade geopolítica mundial contemporânea.
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Economia União Europeia
"Com o mundo a precisar mais do que nunca de ver aplicados os princípios humanitários, a aprovação de uma estratégia inovadora por uma grande maioria dos eurodeputados coloca o Parlamento Europeu do lado das pessoas necessitadas", disse Carlos Zorrinho, eurodeputado do Partido Socialista, num comunicado.
Num relatório aprovado por 432 votos a favor, 33 contra e 98 abstenções, os eurodeputados pediram à Comissão Europeia e aos Estados-membros para aumentarem substancialmente os seus orçamentos para a ajuda humanitária, sem comprometer as despesas para o desenvolvimento.
Os eurodeputados manifestaram ainda o seu apoio às conclusões do Conselho adotadas em maio de 2023, que incentivam os 27 a consagrar 10% da sua ajuda em ajuda humanitária, acompanhado com a preparação de um roteiro.
Para enfrentar o crescente défice do financiamento humanitário, os membros parlamentares defenderam que a UE deve, no âmbito da revisão orçamental para 2021-2027, aumentar substancialmente o orçamento da ajuda humanitária.
Este aumento iria refletir um novo panorama humanitário, com crises de grande visibilidade e também as esquecidas, que acabam por levar as capacidades de ajuda ao limite, dando à UE maior capacidade de resposta às necessidades urgentes dos mais vulneráveis.
"Este financiamento deve ser complementar em vez de substituir o financiamento existente", defenderam os eurodeputados no comunicado.
O Parlamentou salientou ainda a importância do aumento do financiamento humanitário para a ação climática, em particular a adaptação e a redução do risco de catástrofes, bem como da educação, saúde e das desigualdades de género durantes crises.
"Estamos do lado dos que se encontram no terreno em situações de emergência e que enfrentam crises sistémicas, que são muitas vezes esquecidos, exigindo um maior financiamento, melhores resultados e respostas mais localizadas", acrescentou Carlos Zorrinho.
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