ANTROP quer que idade para motorista de autocarro desça para 18 anos

A Associação Nacional de Transportes de Passageiros (ANTROP) defende que seja possível ser motorista de autocarros a partir dos 18 anos, em vez dos 23 anos atuais, o que ajudaria a combater a grave falta de profissionais nesta área.

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Lusa
30/11/2023 06:25 ‧ 30/11/2023 por Lusa

Economia

Transporte

"Hoje a regra geral é 23 anos. Nós sabemos que há vários países da Europa em que já aceitam a partir dos 18 anos. Esse é o nosso pedido, que se faça uma alteração legislativa, que as diretivas comunitárias permitem, de modo que possa haver a possibilidade de contratar motoristas a partir dos 18 anos", afirmou Luís Cabaço Martins à agência Lusa.

O responsável da associação que congrega cerca de 80 empresas de transportes coletivos rodoviário de passageiros disse que a redução da idade para ser motorista do serviço público de passageiros está a ser analisada pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), que deverá apresentar uma proposta ao Governo.

Admite, contudo, que para motoristas em idade mais jovens possa haver mais exigências, como limitações de distância ou formação reforçada.

Questionado sobre se a solução para se reduzir a falta de profissionais não passa por aumentar salários, para que o setor seja atrativo, Cabaço Martins disse que têm sido feitas revisões dos contratos coletivos de trabalho, com subidas de remunerações, e que há um acordo com sindicatos para até 2025 haver "aumentos de salários garantidos no mínimo em linha com a inflação".

Sobre quantos motoristas faltam em Portugal, o presidente da ANTROP disse que de momento não sabe. No início do ano, afirmou, estimava-se 2.000 a 3.000 motoristas em falta, mas mais de metade já terão sido contratados. Contudo, acrescentou, é necessário continuar a contratar, até porque muitos começarão a atingir a idade de reforma.

Vários operadores, sobretudo da região de Lisboa, têm vindo a contratar motoristas no estrangeiro, designadamente nos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP).

Leia Também: Minho. ENSE e GNR fiscalizam transporte transfronteiriço de combustíveis

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