O vereador com o pelouro do Urbanismo da Câmara do Porto, Pedro Baganha, esclareceu hoje o executivo municipal que a transformação do Porto Solidário num "programa complementar" ao do Estado permitiu reunir uma "verba suficiente para lançar uma nova edição" do programa de apoio à renda e prestações bancárias, sem prejudicar os atuais beneficiários.
Segundo o vereador, esta edição é relativa ao orçamento deste ano, sendo que, no próximo ano, com o novo orçamento, serão lançadas novas versões do programa.
A segunda edição do programa deste ano - a 12.ª edição desde a sua criação - contará com uma verba de 900 mil euros e será lançada na próxima semana.
As candidaturas abrem no dia 12 de dezembro e podem ser submetidas através do 'site' da Domus Social. As informações sobre o regulamento do programa, nomeadamente, rendimentos máximos elegíveis e documentos obrigatórios, estarão também disponíveis no 'site' da empresa municipal.
A Câmara do Porto alterou, em maio, o regulamento do programa para que o apoio pudesse servir de complemento ao apoio do Estado no pagamento da renda, no âmbito do programa Mais Habitação.
A incompatibilidade dos dois apoios levou o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, a enviar, a 03 de abril, uma carta à ministra da Habitação a anunciar que o Porto Solidário seria "extinto" se a medida do Governo avançasse.
No mesmo dia, o Ministério da Habitação afirmou à Lusa estar a articular com a Câmara do Porto a conciliação entre a medida de apoio à renda anunciada pelo Governo e o programa de intervenção municipal.
Leia Também: Quase 1 em cada 4 jovens tem qualificações a mais para a sua profissão