"Verificou-se um maior interesse dos investidores no setor de retalho, que agregou metade do volume total investido, e de hotelaria, que representou perto de um quarto do total", referiu a consultora imobiliária, que divulgou hoje um resumo da atividade do mercado imobiliário nacional em 2024 e as suas perspetivas para 2025.
Em termos de ocupação, "o setor de escritórios registou aumentos significativos nos volumes de absorção das duas principais cidades do país, nomeadamente uns expressivos 120% na Grande Lisboa e 33% no Grande Porto".
Já o setor de retalho manteve uma tendência ascendente, sobretudo ao nível da oferta futura de 'retail parks' e do número de novas aberturas, que registou um aumento de 15% face a 2023.
Quanto ao mercado de industrial e logística, a atividade ocupacional registou um aumento de 36% nos três primeiros trimestres do ano passado, face ao mesmo período do ano anterior, ficando naqueles nove meses 19% acima do total anual de 2023.
No mesmo sentido, o setor de hotelaria manteve um desempenho positivo, com um aumento transversal dos principais indicadores, apesar do abrandamento natural nas taxas de crescimento.
Até outubro, os proveitos totais no setor da hotelaria aumentaram 10%, face ao mesmo período do ano anterior.
Já para 2025, "as expectativas apontam para um impacto positivo no mercado imobiliário comercial nacional, continuando a tendência de recuperação já registada no segundo semestre de 2024", apontou o diretor-geral da consultora em Portugal, Eric van Leuven.
Em termos de valores de arrendamento, "o aumento da procura por espaços e a escassez de oferta de qualidade deverá continuar a justificar aumentos pontuais das rendas brutas de referência para os melhores ativos", acrescentou.
Ao nível do investimento imobiliário comercial, as estimativas atuais preveem para 2025 um volume de investimento em linha com o volume de 2024, com os setores de industrial e logística, hotelaria e alternativos a registarem um crescimento.
Leia Também: SMCL disponível para alienar imóveis para habitação social