O abrandamento da subida dos preços em novembro face ao mesmo mês do ano passado deveu-se à maior queda do custo da energia, com uma descida homóloga de 4,5% (que compara com a subida de 3,2% no mês anterior), enquanto os preços dos produtos alimentares subiram 5,5% (quando em outubro subiu 6,1%),
"A taxa de inflação [medida pelo Índice de Preços no Consumidor] desacelerou pelo quinto mês consecutivo", afirmou Ruth Brand, presidente do Departamento Federal de Estatística, salientando que em outubro e novembro, muitos produtos energéticos custaram menos do que no ano anterior.
As descidas de preços na nos produtos energéticos desde outubro refletem o elevado nível dos preços da energia em 2022, um ano marcado pela guerra e crise.
Por outro lado, a taxa de aumento homóloga dos preços dos alimentos também continuou a abrandar, mas ainda é superior à inflação global.
As maiores subidas registaram-se na fruta (+12,0%) e açúcar, compotas, mel e outros produtos de confeitaria (+11,9%), enquanto o pão e cereais (+9,4%), legumes (+7,3%) e peixe, produtos da pesca e marisco (+7,1%) também foram significativamente mais caros. ´
Em contrapartida, os preços da manteiga (-24,8%) e do óleo de girassol, óleo de colza e similares (-17,3%) diminuíram substancialmente, enquanto os preços do azeite (+43,5%) aumentaram acentuadamente.
Do mesmo modo, os serviços aumentaram 3,4% em novembro, em termos homólogos, menos meio ponto percentual do que em outubro, enquanto os bens tiveram uma subida do custo em 3%, contra 3,6% em outubro.
A taxa de inflação excluindo os produtos alimentares e a energia, frequentemente designada por inflação subjacente, deverá ser de 3,8% em novembro.
Por outro lado, o valor da inflação harmonizada, utilizado pelo Eurostat nas suas estatísticas, foi de 2,3%, contra 3% em outubro, também o nível mais baixo desde 2021.
Os dados divulgados hoje confirmam a estimativa preliminar publicada pela Destatis, em 29 de novembro.
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