Para o próximo ano, a instituição ajustou em alta a previsão, feita em outubro, de crescimento do produto interno bruto (PIB) de 4,4% para 4,5%.
"A possibilidade de uma recuperação lenta do setor imobiliário e a persistência de uma procura externa débil persistem. Para apoiar o crescimento, espera-se que o Governo mantenha uma orientação fiscal e monetária moderadamente expansionista em 2024", disse o BM, sediado em Washington.
O BM citou "constrangimentos estruturais" ao crescimento, como os "elevados níveis de dívida", o "envelhecimento da população" e o "menor crescimento da produtividade do que no passado".
A instituição identificou também "riscos importantes", incluindo "um abrandamento do setor imobiliário que pode ir além das expectativas iniciais", "o aumento das tensões geoeconómicas" e "as alterações climáticas e a frequência crescente de fenómenos meteorológicos extremos".
A diretora do BM para a China, Mongólia e Coreia, Mara Warwick, afirmou que "a flexibilização da política macroeconómica tem apoiado a recuperação a curto prazo", acrescentando que "seria importante realizar reformas estruturais complementares para aumentar a confiança e relançar a dinâmica de crescimento, como a melhoria do quadro de resolução da dívida da China e o reforço do ambiente propício para as empresas privadas".
Entre julho e setembro, a segunda maior economia do mundo cresceu 4,9% em comparação com o mesmo período de 2022, ainda marcado pelas consequências da estratégia 'zero covid', de medidas rigorosas contra a covid-19 e entretanto desmantelada.
Pequim fixou a meta oficial de crescimento em "cerca de 5%" para o atual ano fiscal.
Nos últimos meses, as autoridades chinesas têm tentado atenuar a fraca recuperação económica pós-pandemia, devido a ameaças como a crise imobiliária, os riscos de dívida das administrações locais, o fraco crescimento global e tensões geopolíticas.
Leia Também: É dia de mais uma decisão. BCE vai 'mexer' nas taxas de juro?