As alterações ao IRS incluídas no Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) "beneficiam relativamente mais as famílias com rendimentos mais altos", de acordo com uma análise publicada pelo Banco de Portugal (BdP), esta sexta-feira.
"O OE2024 inclui uma redução das taxas marginais do IRS (até ao 5º escalão), a atualização dos escalões do imposto em 3% e a atualização do mínimo de existência em linha com o salário mínimo a vigorar em 2024 (820 euros mensais)", pode ler-se no site do BdP, em mais uma edição da rubrica 'Economia numa imagem'.
No seu conjunto, é explicado, "estas alterações implicam uma diminuição da taxa média de imposto de 15% para 14% e um aumento de cerca de 2% do rendimento disponível das famílias".
"Em termos distributivos, estas alterações beneficiam relativamente mais os indivíduos situados em decis de rendimento mais altos, uma vez que o impacto da redução das taxas de imposto – o mais dominante em todos os decis de rendimento – é crescente até ao nono decil da distribuição", pode ler-se.
Ora, "embora o aumento do mínimo de existência beneficie mais os indivíduos que se encontram na primeira metade da distribuição, o seu efeito é relativamente modesto quando comparado com os gerados pelas medidas sobre os escalões e as taxas de imposto".
Esta análise, adianta o BdP, foi preparada por Sara Riscado. "As análises, opiniões e resultados expressos neste espaço são da exclusiva responsabilidade da autora e não coincidem necessariamente com os do Banco de Portugal ou do Eurosistema", pode ler-se.
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