O petróleo do mar do Norte, a referência na Europa, que ao início do dia se situava nos 79,21 dólares no ICE de Londres, manteve a tendência ascendente durante a manhã e chegou mesmo a atingir 80,4 dólares cerca das 12:00 GMT, depois de ter fechado a 77,41 dólares na quinta-feira.
A subida dos preços do petróleo na Europa, segundo analistas citados pela Efe, deve-se à escalada da violência no mar Vermelho, depois de uma ação militar conjunta dos Estados Unidos, do Reino Unido e de outros oito países contra os rebeldes Huthis do Iémen, na sequência de um aumento dos ataques dos mesmos a navios naquelas águas.
O último ataque dos Huthis, que não causou danos, ocorreu na quinta-feira, quando os rebeldes lançaram um míssil balístico com o objetivo de atingir as rotas marítimas no Golfo de Áden, uma rota estratégica para o transporte de petróleo do Golfo Pérsico.
De acordo com a analista Susanna Streeter, os riscos inflacionistas estão novamente no centro dos ataques dos EUA, do Reino Unido e dos seus aliados no Iémen, que surgem depois de avisos de grandes empresas de que os atrasos no comércio poderiam levar ao aumento dos preços.
A analista refere ainda que "existem preocupações de que esta situação possa conduzir a uma nova escalada do conflito no Médio Oriente" e que "o atual caos pode durar muitos meses, o que será uma dor de cabeça para as empresas globais, que já têm 20% do seu comércio marítimo perturbado".
"Embora seja altamente incerta a trajetória dos preços da energia, especialmente tendo em conta as perturbações no comércio e o abrandamento da economia mundial, os responsáveis políticos dos bancos centrais irão acompanhar de perto os riscos de novas subidas de preços", afirmou.
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