Os rendimentos do Tesouro dos EUA atingiram esta semana um máximo de oito meses, numa tendência que também contagiou Tóquio, horas depois de a bolsa ter fechado em baixa, com o principal indicador, o Nikkei, a cair 1,05%.
O nível hoje atingido pelo título de dívida pública japonesa é o mais elevado desde maio de 2011.
Esta subida surge devido à incerteza quanto ao processo de normalização monetária do Banco do Japão (BoJ), que decidiu, na última reunião em dezembro, manter a taxa de juro de referência de curto prazo em 0,25%, bem como outras medidas de política monetária.
A decisão está em linha com as expectativas da maioria dos analistas, que não previam novas subidas das taxas de juro de curto prazo na quarta maior economia do mundo, depois das subidas que o banco aplicou em março passado (para 0,1%) e em julho (para 0,25%), enquanto as atenções se centram agora na reunião de janeiro.
A moeda japonesa foi negociada hoje entre 157,61 e 158,44 por dólar.
Se, por um lado, um iene fraco beneficia a força exportadora do país, inflacionando as suas remessas para o estrangeiro, por outro, encarece as importações do país, das quais este é altamente dependente em domínios como a energia e as matérias-primas, o que tem gerado especial preocupação no atual cenário inflacionista.
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