Recuperação ambiental da antiga mina de Aljustrel custa 4,8 milhões

A nova empreitada de recuperação ambiental da antiga área mineira de Aljustrel, no distrito de Beja, vai avançar no primeiro semestre deste ano e representa um investimento superior a 4,8 milhões de euros, anunciou hoje a câmara municipal.

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Lusa
10/01/2025 12:43 ‧ há 3 horas por Lusa

Economia

Aljustrel

Num comunicado enviado à agência Lusa, o município alentejano explicou que a empreitada, promovida pela Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM), é "uma fase complementar à reabilitação hidrológico-ambiental que já anteriormente foi feita em diferentes intervenções e que permitiu, em diferentes períodos, reabilitar a antiga zona de Algares".

 

Apresentadas no início da semana pela EDM à secretária de Estado da Energia, Maria João Pereira, e à autarquia, as obras têm um prazo de execução de 12 meses e vão ser cofinanciadas pelo programa operacional regional Alentejo 2030.

De acordo com o município, a intervenção "contempla o confinamento de 350.000 metros cúbicos de solos contaminados e o revestimento de uma área de aproximadamente 120.000 metros quadrados de escombreira exposta".

Em simultâneo, "será também feita a renaturalização de uma grande área de solos inaptos e modelação de áreas com carências topográficas, bem como a construção de linhas auxiliares e complementares de drenagem de águas pluviais", acrescentou.

A intervenção da EDM "incidirá ainda no reforço da galeria ripícola, no reforço e preservação do património arqueológico-mineiro e na recuperação da área mineira de Algares do ponto de vista ambiental e paisagístico".

A estas intervenções juntam-se também "a recolha de águas subsuperficiais lixiviadas resultantes da percolação pela base da escombreira, bem como o encaminhamento para ponto de controlo e posterior condução para tratamento".

Esta fase complementar de recuperação ambiental da antiga área mineira de Aljustrel surge depois de a EDM ter promovido, entre 2006 e 2015, quatro empreitadas no local, num investimento total que ascendeu a cerca de 11,9 milhões de euros.

Os trabalhos incluíram a requalificação ambiental das áreas mineiras de São João e Pedras Brancas, a selagem dos depósitos de escombreira na antiga corta, o tratamento passivo de águas lixiviadas e de efluentes ácidos, e a promoção de um circuito de visitação arqueológico-mineiro, entre outros.

Segundo o município, foram estas intervenções que permitiram criar o Parque Mineiro de Aljustrel, inaugurado em dezembro de 2023, e dar "um novo fim às áreas mineiras abandonadas, acautelando-se as questões ambientais e preservando-se as estruturas patrimoniais resultantes da atividade mineira presentes no território".

Leia Também: Conclusão da modernização da Linha do Oeste adiada para final do ano

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