O anúncio surge cinco dias depois de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter desembolsado uma nova parcela de 600 milhões de dólares (552 milhões de euros) no âmbito do empréstimo de 3 mil milhões de dólares concedido ao Gana em março último.
O empréstimo do BM é "a primeira fase de três operações de 300 mil milhões de dólares cada", lê-se no comunicado de imprensa da instituição sediada em Washington.
"Restaurar a sustentabilidade do orçamento e da dívida, aumentar as oportunidades de crescimento, abrandar a inflação e proteger os mais vulneráveis são prioridades urgentes para o Gana e essenciais para atrair mais investimento estrangeiro", disse o vice-presidente do BM para a África Ocidental e Central, Ousmane Diagana, citado no comunicado.
Por seu lado, o ministro das Finanças do Gana, Kenneth Ofori-Atta, afirmou que o empréstimo do BM "desempenhará um papel vital no alívio das restrições orçamentais do Gana, apoiando a recuperação económica em curso e protegendo os pobres e vulneráveis".
Confrontado com um peso da dívida que disparou sob o impacto da pandemia da covid-19 e depois com as consequências da invasão russa da Ucrânia, o Gana obteve, em meados de janeiro, um acordo dos seus principais credores externos para reestruturar a sua dívida, uma etapa essencial para lhe permitir receber ajudas do FMI e do BM.
Na sexta-feira, o FMI concluiu o seu artigo IV (análise anual da economia nacional de um país) para o Gana.
Após um abrandamento do crescimento do Gana para 2,3% em 2023, o FMI espera que este volte a aumentar para 2,8% em 2024 e 4,4% em 2025.
A recuperação económica, a assistência do FMI e a reestruturação da dívida deverão permitir ao Gana reduzir o seu rácio dívida/PIB de 93,3% em 2022 para 86,1% este ano e 72% em 2028.
Leia Também: Banco Mundial revê em alta crescimento do PIB brasileiro em 2023 e 2024