"É uma agência móvel com todas as funcionalidades de uma agência, inclusive depósitos, levantamentos, ATM. Um cliente que vá à nossa agência móvel faz todas as operações que faz numa agência normal. O objetivo é chegarmos onde não estamos", disse na sexta-feira à Lusa o diretor-geral do BNU.
Segundo Paulo Lopes, o projeto, "complexo", levou vários anos a concretizar, envolveu equipas de diferentes áreas em Timor-Leste e Portugal.
Questionado sobre os locais por onde a agência móvel do BNU vai prestar serviço bancário, o diretor-geral daquela instituição bancária explicou que numa primeira fase vai funcionar em zonas de Díli, onde o banco não tem agência.
"A ideia é também monitorizar e testar o funcionamento da agência móvel e ver a reação da população. Ao fim dos três meses iremos programar a deslocação para fora de Díli, privilegiando zonas onde não estamos, mas no fundo, em termos genéricos, direi que a agência móvel irá até onde as estradas de Timor nos deixarem ir", disse Paulo Lopes.
Pioneiro na inovação bancária em Timor-Leste, o BNU foi o primeiro banco a operar no país a introduzir as ATM, os cartões VISA, a internet e APP bancária.
"Achamos que é um grande contributo para a inclusão financeira", afirmou Paulo Lopes, salientando que o BNU investe, desde há vários anos, uma média de um milhão de dólares anuais só em 'upgrade' e manutenção dos sistemas informáticos.
"Queremos ser um banco cada vez mais digital e que faz mais sentido num país como Timor-Leste, onde mais de metade da população tem menos de 25 anos", afirmou.
O BNU abriu a primeira agência em Díli em 1912 e é atualmente um dos cinco bancos internacionais a operar em Timor-Leste.
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