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Dívida do Senegal perde valor depois de adiamento das eleições

O valor da dívida do Senegal caiu quase 3% no seguimento do adiamento das eleições por seis meses, proposto pelo atual Presidente, Macky Sall, no dia em que os deputados se reúnem para debater essa proposta.

Dívida do Senegal perde valor depois de adiamento das eleições
Notícias ao Minuto

13:06 - 05/02/24 por Lusa

Economia Senegal

De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, os títulos de dívida pública com maturidade em 2033 caíram 2,3% esta manhã, para 84,83 cêntimos por dólar, enquanto a dívida que termina em 2037 caiu 3%, para 71,03 cêntimos por dólar, o que indica uma desconfiança dos investidores relativamente à capacidade do país para honrar os seus compromissos financeiros.

O Presidente do Senegal, Macky Sall, anunciou, no sábado, a revogação do decreto que convoca as eleições presidenciais, marcadas para 25 de fevereiro, a poucas horas do início da campanha eleitoral.

Na sequência desta revogação, o processo eleitoral foi adiado por tempo indeterminado, face à polémica levantada em torno da lista final de candidatos.

O Presidente da Comissão da União Africana (UA) já manifestou preocupação com o adiamento das eleições presidenciais no Senegal e apelou às forças políticas e sociais para que resolvam "qualquer conflito político através de consulta, compreensão e diálogo civilizado".

Num comunicado divulgado hoje por aquela organização, Moussa Faki Mahamat também "convida as autoridades nacionais competentes a organizarem as eleições o mais rapidamente possível, com transparência, paz e harmonia nacional".

A União Europeia (UE) defendeu no domingo que o adiamento indefinido das eleições no Senegal abre um "período de incerteza" e pediu que se realizem, o "mais rapidamente possível", de forma transparente e credível.

"A União Europeia apoia a posição expressa pela CEDEAO e apela a todas as partes interessadas para que trabalhem, num clima pacífico, para realizar eleições transparentes, inclusivas e credíveis, o mais rapidamente possível e com respeito pelo Estado de direito, a fim de preservar a longa tradição de estabilidade e democracia no Senegal", referiu em comunicado a UE.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) também já pediu a promoção do diálogo para garantir eleições inclusivas no Senegal.

A suspensão eleitoral é motivada por um "conflito aberto no contexto de um alegado caso de corrupção de juízes", referiu Sall, numa declaração televisiva.

O Presidente do Senegal disse ainda que a Assembleia Nacional avançou com uma investigação sobre o processo de seleção de candidatos.

Em causa poderá estar também a candidatura de Rose Wardini do partido Novo Senegal, que poderá ter nacionalidade francesa e senegalesa, o que irá contra as regras do país.

A decisão anunciada pelo Presidente Macky Sall de adiar as eleições presidenciais, inédita desde a independência do país, provocou protestos e uma forte repressão das forças de segurança das primeiras manifestações este domingo neste país vizinho da Guiné-Bissau.

Leia Também: Líder da União Africana apela ao diálogo entre forças no Senegal

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