Uma publicação partilhada no LinkedIn há cerca de uma semana está a gerar alguma controvérsia, depois de o autor ter confessado que não contratou uma pessoa porque esta chegou 25 minutos mais cedo à entrevista.
Na publicação, Matthew Prewett aponta mesmo que a chegada tão cedo foi mesmo "um fator decisivo" para não contratarem na empresa em Atlanta, no estado norte-americano de Geórgia.
Dezenas de pessoas recorreram à caixa de comentários para fazer perguntas, nomeadamente, para se certificarem de que este não tinha ido de transportes públicos - e assim estava explicado o porquê -, havendo mesmo quem falasse na possibilidade de o candidato sofrer de discalculia. Essa mesma pessoa diz que é disléxica e tem também essa dificuldade com os números, e aponta: "Consigo gerir muito bem a situação, mas normalmente chego 20 a 25 minutos mais cedo. Nunca faço disso um problema para os outros."
Prewett explica ainda que a "a diferença" entre esta pessoa e o candidato é que, tal como ela escreve na sua caixa de comentários, "leva um livro" e fica nas "proximidades", ao contrário do que aconteceu neste caso. Prewett explicou que se sentiu desconfortável, já que o candidato conseguia até ouvir as suas chamadas de trabalho.
Para além do mais, o empregador defendeu que "chegar cedo é bom", mas que "aparecer muito cedo pode sugerir que alguém não é bom a gerir o tempo."
Na caixa de comentários, as críticas surgiram em maioria - e algumas em tom de brincadeira, como, por exemplo: "Que ridículo. Mandem-no para mim. Eu contrato-o imediatamente."
"Por vezes esquecemo-nos que nem toda a gente chega a uma entrevista com o mesmo ponto de partida emocional. Para algumas pessoas, especialmente aquelas que lidam com ansiedade, distúrbios sociais ou apenas uma pressão intensa para causar uma boa impressão, chegar mais cedo não significa ser intrusivo, mas sim sentir-se seguro", aponta outro utilizador.
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