O Central Huijin Investment intensificou a compra de ações de grandes bancos estatais e de outras empresas para contrariar a forte pressão de venda nos mercados chineses, que estão a negociar em mínimos de cinco anos.
O índice Shanghai Composite subiu 3,2% e o Hang Seng, de Hong Kong, subiu 3,9%. O índice Shenzhen A-Share registou uma subida de 4,6%.
Os maiores ganhos em Hong Kong foram registados em ações de grupos de tecnologia, como as dos gigantes do comércio eletrónico Alibaba, que subiu 7,8%, e JD.com, que subiu 7%.
A medida foi tomada na sequência de avisos da autoridade reguladora do mercado da Cihna de que vai combater a manipulação, o abuso de informação privilegiada e outras infrações, visando proteger os pequenos investidores, que normalmente representam a maioria das transações nos mercados chineses.
A Comissão de Regulação dos Valores Mobiliários da China, que supervisiona o mercado bolsista, congratulou-se com o anúncio do fundo de investimento, afirmando que os preços das ações a um "nível historicamente baixo" constituem uma oportunidade a médio e longo prazo.
"Apoiamos firmemente a Central Huijin para que continue a aumentar a escala e a intensidade das suas participações, e criaremos condições mais convenientes e canais mais suaves para as suas operações de entrada no mercado", afirmou em comunicado. O regulador prometeu "envidar todos os esforços para manter o funcionamento estável do mercado".
Na segunda-feira, os índices de referência em Xangai e Shenzhen oscilaram entre pequenos ganhos e grandes perdas, enquanto os preços das ações dos bancos estatais e de outras grandes empresas subiram.
O regulador afirmou ainda que vai facilitar a aquisição de ações por parte de investidores institucionais, tais como fundos públicos, fundos de investimento privados, empresas de valores mobiliários, fundos de segurança social, instituições de seguros e fundos de pensões, e encorajar as empresas a aumentarem as recompras de ações.
Não é claro se estas medidas serão suficientes para inverter a tendência que levou os mercados a atingir mínimos de cinco anos, apesar de uma série de medidas destinadas a incutir confiança e a apoiar as construtoras imobiliárias, cujos problemas financeiros, depois de o Governo ter reprimido o endividamento excessivo, têm sido um grande entrave à economia.
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