China. Ações disparam após fundo de investimento prometer apoiar mercados

As ações em Xangai e Hong Kong subiram hoje após um fundo soberano chinês, que detém bancos estatais chineses e outras grandes empresas controladas pelo governo, ter prometido apoiar o mercado através da compra de fundos de índices.

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Lusa
06/02/2024 08:52 ‧ 06/02/2024 por Lusa

Economia

China

O Central Huijin Investment intensificou a compra de ações de grandes bancos estatais e de outras empresas para contrariar a forte pressão de venda nos mercados chineses, que estão a negociar em mínimos de cinco anos.

O índice Shanghai Composite subiu 3,2% e o Hang Seng, de Hong Kong, subiu 3,9%. O índice Shenzhen A-Share registou uma subida de 4,6%.

Os maiores ganhos em Hong Kong foram registados em ações de grupos de tecnologia, como as dos gigantes do comércio eletrónico Alibaba, que subiu 7,8%, e JD.com, que subiu 7%.

A medida foi tomada na sequência de avisos da autoridade reguladora do mercado da Cihna de que vai combater a manipulação, o abuso de informação privilegiada e outras infrações, visando proteger os pequenos investidores, que normalmente representam a maioria das transações nos mercados chineses.

A Comissão de Regulação dos Valores Mobiliários da China, que supervisiona o mercado bolsista, congratulou-se com o anúncio do fundo de investimento, afirmando que os preços das ações a um "nível historicamente baixo" constituem uma oportunidade a médio e longo prazo.

"Apoiamos firmemente a Central Huijin para que continue a aumentar a escala e a intensidade das suas participações, e criaremos condições mais convenientes e canais mais suaves para as suas operações de entrada no mercado", afirmou em comunicado. O regulador prometeu "envidar todos os esforços para manter o funcionamento estável do mercado".

Na segunda-feira, os índices de referência em Xangai e Shenzhen oscilaram entre pequenos ganhos e grandes perdas, enquanto os preços das ações dos bancos estatais e de outras grandes empresas subiram.

O regulador afirmou ainda que vai facilitar a aquisição de ações por parte de investidores institucionais, tais como fundos públicos, fundos de investimento privados, empresas de valores mobiliários, fundos de segurança social, instituições de seguros e fundos de pensões, e encorajar as empresas a aumentarem as recompras de ações.

Não é claro se estas medidas serão suficientes para inverter a tendência que levou os mercados a atingir mínimos de cinco anos, apesar de uma série de medidas destinadas a incutir confiança e a apoiar as construtoras imobiliárias, cujos problemas financeiros, depois de o Governo ter reprimido o endividamento excessivo, têm sido um grande entrave à economia.

Leia Também: Acordo de vistos de 10 anos de China e Brasil em vigor a 19 de fevereiro

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