Em comunicado, o executivo comunitário dá então conta de que "aprovou, ao abrigo do Regulamento das Concentrações da UE, o projeto de criação de uma empresa comum entre a Orange e a MásMóvil", aprovação esta que está, porém, "condicionada ao cumprimento integral de um pacote de compromissos" propostos pelas próprias empresas de telecomunicações.
Após ter sido notificada sobre a operação - que "criará o maior operador em Espanha em termos de número de clientes, com um aumento significativo da quota de mercado em todos os mercados retalhistas relevantes" -, Bruxelas fez uma investigação aprofundada, por temer que esta "restringisse a concorrência nos mercados retalhistas do fornecimento de serviços de internet móveis e fixos em Espanha, quer sejam oferecidos isoladamente quer em pacotes", assinala a instituição.
Por essa razão, a Comissão Europeia só aprovou esta fusão ao aceitar os 'remédios' propostos pelas até agora concorrentes diretas, entre os quais a alienação do espetro detido pela MásMóvil em três bandas de frequências e à criação de um acordo opcional de 'roaming' nacional.
Enquanto a Orange é uma operadora global de telecomunicações sediada em França e que opera em Espanha através da sua filial OSP (com as marcas Orange, Jazztel e Simyo), a MásMóvil é controlada por uma sociedade gestora de participações sociais com sede no Reino Unido e detém várias marcas nacionais (Yoigo, MásMóvil e Virgin), digitais (Pepephone), regionais (Euskaltel, R., Guuk, Embou e Telecable) e internacionais (Llamaya, Lebara e Lycamobile).
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