Poeta e professores burlaram BPN em 5,2 milhões de euros com arte falsa

Um poeta, um historiador e um professor estão acusados de terem burlado o BPN ao terem vendido a Oliveira e Costa, o então presidente do banco, uma coleção de “arte pré-histórica” no valor de 5,2 milhões de euros. No entanto, escreve o SOL, as peças em questão são “muito recentes” e “artificialmente polidas” para que tivessem então um aspeto antigo.

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Notícias Ao Minuto
18/07/2014 08:40 ‧ 18/07/2014 por Notícias Ao Minuto

Economia

DCIAP

Em 2007, Oliveira Costa, então presidente do BPN, comprou uma coleção de arte intitulada ‘Coleção Joaquim Pessoa’ que continha mais de 200 esculturas, peças de ourivesaria e artefactos que seriam pré-históricos.

A coleção foi adquirida pela Geslusa, uma empresa do grupo BPN/SLN, em troca de 5,2 milhões de euros. Os vendedores eram um poeta, um historiador e um professor. Segundo aqueles que são agora arguidos a coleção continha “107 esculturas Deusas-Mãe e outros artefactos ligados aos cultos da fecundidade e fertilidade dos períodos Neolítico e Calcolítico”.

No entanto, e segundo o que se pode ler na acusação a que o SOL teve acesso, os especialistas que avaliaram entretanto as obras garantem que tudo não passou de um engodo e que as peças “não tem qualquer valor histórico-arqueológico”. E mais. Os especialistas asseguram mesmo que as peças em causa são, na verdade, “muito recentes” e “artificialmente polidas e patinadas, mostrando a aplicação de camada cromática de cor amarela, pretendendo conferir-lhes aspeto antigo”.

Por seu lado, os três arguidos garantem que “as peças são genuínas”.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal deduziu a acusação contra os três suspeitos depois de uma investigação da Polícia Judiciária que durou cinco anos.

Joaquim Pessoa, artista plástico e poeta, Manuel Castro Nunes, historiador e professor, e José Gueifão Ferreira, também professor, são os três arguidos que enfrentam a acusação de burla. O primeiro é, inclusive, autor de várias músicas portuguesas, entre elas, revela o SOL, ‘Amélia dos Olhos Doces’.

 

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