Sindicatos criticam aumentos na Navigator face a resultados da empresa
Os sindicatos que representam os trabalhadores da Navigator criticam as atualizações salariais na empresa nos últimos anos, face aos resultados apresentados pelo grupo, segundo um comunicado da Fiequimetal.
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Economia Navigator
Na mesma nota, a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal) disse que "os resultados que a Navigator apresentou demonstram que a administração não tem nenhuma necessidade de retirar benefícios aos trabalhadores e pode dar um contributo para que os salários, no grupo e em Portugal, tenham um crescimento significativo".
A estrutura disse que "perante resultados líquidos de 275 milhões de euros, a Fiequimetal e os seus sindicatos com intervenção nas empresas do grupo (Site Centro-Norte, Site Centro-Sul e Regiões Autónomas e Site Sul) recordam que a administração recusou negociar os cadernos reivindicativos e apenas encenou uma negociação da contratação coletiva".
A Fiequimetal disse ainda que a administração se limitou "a impor as suas posições e recusou todas as propostas que foram apresentadas pelos trabalhadores, aplicando um ato de gestão, que não repõe o poder de compra perdido nos últimos anos".
De acordo com a estrutura sindical, "os resultados dos anos de 2022 e 2023 ascenderam a mais de 660 milhões de euros", que "contrastam com os aumentos salariais".
"No mesmo período houve uma atualização das tabelas salariais em apenas 0,9%, com um mínimo de 15 euros", lamentou.
A federação realçou ainda as medidas "menos positivas" para os trabalhadores, aplicadas pela empresa, destacando que o "aumento salarial proposto para 2025 é de 2%, com um mínimo de 25 euros" e que nas atualizações salariais, "aplicadas por ato de gestão pela Navigator em 2024, foram divulgados valores percentuais médios, mas uma grande parte dos trabalhadores tem atualizações abaixo da média anunciada".
"Houve alteração da tabela salarial, com diminuição do valor das progressões", destacou, criticando "critérios muito castradores da evolução salarial dos trabalhadores, com tempos mínimos de permanência".
Segundo a entidade, foi diminuído "o valor do prémio anual e há alterações, para pior, nas tabelas de assiduidade e no prémio de produtividade".
São ainda, disse, "retirados benefícios aos trabalhadores, no seguro de saúde dos cônjuges" e "no seguro de saúde, os enteados deixam de ser considerados no agregado familiar".
"A Navigator bem pode apregoar que, para o ano de 2024, aumentou os salários. Na verdade, o que fez foi apenas uma progressão automática, sem nenhuma atualização das tabelas salariais", lamentou a federação.
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