Segundo dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública, no final de janeiro, a região administrativa especial chinesa tinha 177.561 trabalhadores não residentes, mais 25.683 do que no mesmo mês do ano passado.
Em janeiro de 2023, a mão-de-obra vinda do exterior, incluindo da China continental, tinha caído para menos de 152 mil, o número mais baixo desde abril de 2014.
A cidade perdeu quase 45.000 não residentes (11,3% da população ativa) desde o pico máximo de 196.538, atingido em dezembro de 2019, no início da pandemia.
As estatísticas, divulgadas hoje pela Direção dos Serviços para os Assuntos Laborais, revelam que o número de trabalhadores não residentes tem vindo a aumentar há 12 meses seguidos, atingindo o valor mais elevado desde o final de 2020.
O setor da hotelaria e da restauração foi o que mais contratou nos últimos 12 meses, ganhando 13.110 trabalhadores não residentes, seguido da construção civil (mais 2.950) e dos empregados domésticos (mais 2.788).
A área da hotelaria e a restauração tinha sido precisamente a mais atingida pela perda de mão-de-obra durante a pandemia, tendo despedido mais de 17.600 funcionários não residentes desde dezembro de 2019.
Macau, que à semelhança da China seguia a política 'zero covid', reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo trabalhadores não residentes, a partir de 08 de janeiro de 2023, depois de quase três anos de rigorosas restrições.
Com o fim da política de 'zero covid', a cidade acolheu em 2023 mais de 28,2 milhões de turistas, cinco vezes mais do que no ano anterior, e a taxa de ocupação hoteleira foi de 81,5%, mais de o dobro do registado em 2022.
A economia de Macau ainda está a recuperar da crise económica criada pela pandemia, que levou a taxa de desemprego a atingir 4% no terceiro trimestre de 2022, o valor mais alto desde 2006.
A taxa de desemprego caiu para 2,3% no final do ano passado, um valor ainda assim aquém do mínimo histórico de 1,7% atingido antes do início da pandemia.
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