'Rating' de Portugal em níveis 'A' "é o resultado das políticas adotadas"
O ministro das Finanças disse hoje que a melhoria do 'rating' de Portugal para patamares 'A' em todas as agências resulta das políticas dos últimos anos e que o país poderá ter novas subidas se mantiver o rumo orçamental.
© Getty Images
Economia Fernando Medina
"Este é o resultado das políticas adotadas nos últimos anos que, como a própria agência realça, garantiram o equilíbrio das contas públicas, uma descida significativa da dívida pública, contas externas positivas e capacidade acrescida de atração de investimento produtivo para o país", afirmou o ministro das Finanças, Fernando Medina, em comunicado.
A Standard&Poor's (S&P) subiu hoje o 'rating' de Portugal de 'BBB+' para 'A-', passando a perspetiva para 'estável'.
A decisão da S&P coloca Portugal com a notações de risco nos patamares "A" em todas as quatro principais agências de rating - S&P, Moody's, Fitch e DBRS-, pela primeira vez em 13 anos.
"O sucesso da estratégia económica nacional é comprovado pelas sucessivas subidas de rating dos últimos meses por todas as agências, uma sequência que culmina agora na importante decisão da S&P", destacou.
Fernando Medina assinalou que "a agência não só colocou Portugal num dos patamares mais elevados de notação, como sinalizou que poderá em breve voltar a melhorar a sua avaliação".
"Bastará para isso que o país mantenha o rumo que temos seguido", disse.
O titular da pasta das Finanças defendeu que "esta é uma decisão com impacto concreto" para o Estado, para as empresas e bancos e para as famílias: "Todos ficam mais protegidos dos atuais juros altos e suportarão custos de financiamento inferiores", considerou.
Medina defendeu, assim, que "Portugal afirma-se como um dos países com melhor desempenho económico e orçamental na Europa".
Antes da intervenção da 'troika' em Portugal, em 2011, as quatro agências ainda classificavam a dívida soberana portuguesa nos níveis 'A', cortando drasticamente a avaliação depois do pedido de ajuda financeira.
O país precisou de sete anos para deixar de ter 'ratings' "lixo", e agora, ao fim de 13 anos, a trajetória de redução do endividamento do país é a principal justificação para as agências colocarem o risco do país no patamar dos níveis 'A', permitindo um financiamento com custos mais baixos para a República.
A Fitch avalia atualmente a dívida soberana portuguesa em 'A-', com perspetiva estável, a DBRS em 'A', com perspetiva estável; e a Moody's em 'A3', com perspetiva estável.
A próxima agência a pronunciar-se sobre Portugal será a Fitch, em 22 de março.
O 'rating' é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito.
[Notícia atualizada às 22h04]
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