Desde a pandemia de covid-19, o preço do café robusta - a variedade mais consumida pelos portugueses - subiu mais que 200% nos mercados internacionais, continuando ainda em valores altos, o que tem impacto no setor do café.
Contactada pela Lusa, fonte oficial do grupo Nabeiro - Delta Cafés diz que o assunto está a ser acompanhado pela empresa.
"Estamos a acompanhar com atenção a instabilidade que se vive globalmente no mercado de café verde e que naturalmente nos deixa preocupados, uma vez que está a ter implicações diretas no negócio de todo o setor e cadeia de valor", afirma a mesma fonte.
Também contactada pela Lusa, fonte oficial da Nestlé adianta que a empresa "nunca faz comentários sobre a sua política de preços porque as regras do direito da concorrência o proíbem, na medida em que tal divulgação pode prejudicar o próprio consumidor".
Além disso, "de uma forma transversal, a política de preços faz parte da estratégia comercial das empresas e constitui, normalmente, um segredo comercial", prossegue a mesma fonte.
No entanto, "relativamente ao eventual impacto nos preços ao consumidor, cabe-nos esclarecer que o preço dos produtos ao consumidor é determinado pelos retalhistas e não pela Nestlé", sublinha fonte oficial.
De acordo com a multinacional, "excetuam-se desta situação os produtos Nespresso e Nescafé Dolce Gusto, vendidos nas boutiques e nos canais digitais, onde a Nestlé vende diretamente ao consumidor".
Fonte oficial da Nestlé sublinha que, "em qualquer caso, não existe necessariamente uma relação direta entre subida de preço de matérias-primas e preços" e que, "apesar de ser um elemento muito relevante, depende de muitos fatores, sobretudo numa multinacional que opera em vários países e a diferentes níveis da cadeia de distribuição".
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