Os técnicos do banco central estão mais pessimistas sobre o crescimento dos países da moeda única face a dezembro, mas mais otimistas relativamente à trajetória da inflação.
As projeções da inflação apontam para um crescimento da zona euro de 0,6% em 2024, de 1,5% em 2025 e 1,6% em 2026, esperando assim que a atividade económica continue fraca no curto prazo, mas recupere posteriormente, apoiada, no início, pelo consumo e, mais tarde, pelo investimento.
Em dezembro, o BCE projetava que a economia da zona euro crescesse, em média, 0,8% em 2024 e 1,5% em 2025 e 2026.
O BCE reviu hoje também em baixa a taxa de inflação, esperando que seja, em média, de 2,3% em 2024, 2% em 2025 e 1,9% em 2026.
Em dezembro projetava que a inflação global se situasse, em média, em 2,7% em 2024, 2,1% em 2025 e 1,9% em 2026.
Na atualização divulgada hoje, as projeções para a inflação excluindo preços dos produtos energéticos e dos produtos alimentares também foi revista em baixa, esperando, em média, uma taxa de 2,6% em 2024, 2,1% em 2025 e 2% em 2026 (contra 2,7% em 2024, 2,3% em 2025 e 2,1% em 2026 esperados anteriormente).
"Embora a maioria das medidas da inflação subjacente tenham registado novo abrandamento, as pressões internas sobre os preços permanecem elevadas, devido, em parte, ao forte crescimento dos salários", refere a instituição no comunicado divulgado após o fim da reunião do Conselho.
O BCE salienta que "as condições de financiamento são restritivas e os anteriores aumentos das taxas de juro continuam a pesar sobre a procura, o que está a ajudar a reduzir a inflação".
Leia Também: BCE vê taxa de inflação a regressar à meta de 2% em 2025