"Estamos sempre confiantes relativamente ao Governo [português] e não estamos a comentar os resultados das eleições nacionais. Portugal tem tido muito bons resultados nos últimos anos e espero que assim se mantenha", declarou Paolo Gentiloni, falando à imprensa a propósito da reunião do Eurogrupo, em Bruxelas.
A questão estava relacionada com os alertas hoje feitos sobre as dificuldades que o país pode enfrentar para a implementação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), dada a maior fragmentação parlamentar e as dificuldades em formar Governo.
Hoje mesmo, a agência de notação financeira DBRS alertou para o risco de um parlamento bloqueado em Portugal e de um governo instável poder dificultar a implementação do PRR, não descartando novas eleições antecipadas.
Num comentário a que a Lusa teve acesso, a agência de notação financeira destaca que os resultados eleitorais das legislativas de domingo sugerem um cenário complicado para a governabilidade e estabilidade do próximo governo, uma vez que os partidos de centro-direita venceram as eleições por uma pequena margem.
A Aliança Democrática (AD) venceu as eleições legislativas de domingo, com 29,49% dos votos e 79 deputados, contra os com 28,66% e 77 deputados alcançados pelo PS, quando ainda falta atribuir os quatro mandatos do círculo da emigração.
O Chega quadruplicou o número de deputados para 48, com 18,06% dos votos.
A IL conquistou oito deputados (5,08%), o BE manteve os cinco deputados (4,46%), a CDU diminuiu o número de deputados face a 2022 para quatro (3,3%).
O Livre vai formar pela primeira vez grupo parlamentar, tendo conseguido alcançar quatro deputados (3,26%), enquanto o PAN mantém-se com um deputado (1,93%).
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