Segundo projeções do órgão responsável pelas estatísticas do Governo brasileiro, a colheita de 2024 terá uma redução de 14,7 milhões de toneladas e ficará 0,9% abaixo da projeção de janeiro, com decréscimo de 2,7 milhões de toneladas.
"Neste início de 2024, seguimos observando os efeitos dos eventos climáticos que aconteceram no ano passado, como o excesso de chuvas na região sul e a falta delas no centro-oeste e no norte [do Brasil]", afirmou Carlos Barradas, gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE.
"Além disso, como o volume de produção da soja é muito expressivo no país, a redução de 0,8% na variação mensal teve grande impacto no resultado geral, assim como as quedas nas estimativas de produção de trigo e milho", completou.
A área a ser colhida no Brasil este ano deve ser de 78 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 0,2% (160,5 mil hectares a mais) face à área colhida em 2023. Face ao mês anterior, a área a ser colhida apresentou uma expansão de 383,1 mil hectares (0,5%).
Segundo o IBGE, as culturas mais afetadas neste ano serão o trigo, o milho e a soja. O milho e a soja, juntamente com o arroz, são os três principais produtos do grupo dos grãos, que juntos representam 92,4% da produção estimada do Brasil.
Em relação à produção, as estimativas indicam que houve um aumento de 5,6% para o algodão, 1,3% para o arroz, 8,1% para o feijão e 24,2% para o trigo, e quedas de 1,8% para a soja e 10,8% para o milho.
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