O ainda ministro das Finanças, Fernando Medina, disse na terça-feira que Portugal é um exemplo de como as contas certas e a proteção social andam de mãos dadas, tendo passado essa ideia na reunião conjunta de ministros das Finanças e ministros do Trabalho e assuntos sociais da União Europeia (UE).
"Eu e a ministra Ana Mendes Godinho partilhámos a experiência portuguesa, que é um exemplo de como contas certas e proteção social seguem de mãos dadas", escreveu o ministro das Finanças na rede social X (antigo Twitter).
Na mesma publicação, o governante destacou que os "desafios que enfrentamos na Europa exigem uma coordenação adequada entre o investimento em políticas sociais e finanças públicas saudáveis".
E prosseguiu: "Esta foi uma das principais conclusões da reunião conjunta de ministros das Finanças e ministros do Trabalho e assuntos sociais da UE".
Os desafios que enfrentamos na #Europa exigem uma coordenação adequada entre o investimento em políticas sociais e finanças públicas saudáveis. Esta foi uma das principais conclusões da reunião conjunta de ministros das Finanças e ministros do Trabalho e assuntos sociais da UE. pic.twitter.com/FjcCadSeZR
— Fernando Medina (@F__Medina) March 12, 2024
Ainda na terça-feira, refira-se, Medina disse ter garantido aos seus homólogos da UE a "continuidade da trajetória de contas certas", após as eleições legislativas que deram vitória à Aliança Democrática (AD), indicando que isso foi "muito bem recebido".
"Tive oportunidade de partilhar com vários colegas, e depois de viva voz a todo o Conselho, os resultados eleitorais em Portugal, e aquilo que me parece mais importante, a convicção de que o futuro Governo, que será liderado pela Aliança Democrática e pelo doutor Luís Montenegro, irá dar continuidade à trajetória de contas certas que o país tem seguido - é aliás o compromisso que assumiu no seu programa eleitoral e é minha convicção de que o irá prosseguir e continuar", disse Fernando Medina, falando à imprensa portuguesa em Bruxelas, no final de uma reunião do Ecofin.
Dois dias após as eleições legislativas em Portugal que deram vitória à AD, o governante salientou que esta garantia "foi particularmente bem recebida", notando, porém, que "caberá ao futuro Governo fazer prova disso mesmo".
"Transmiti aquilo que é a minha leitura e a minha análise da situação", mas de resto "é a vida democrática normal, todos os Estados-membros têm eleições", disse ainda Fernando Medina.
Garantindo que ficará como deputado à Assembleia da República, o ainda governante comentou que, no que toca à representatividade da extrema-direita, "Portugal era um quadro de exceção ao quadro que já vai mais avançado noutros países", o que mudou com as eleições de domingo.
A AD venceu as eleições legislativas de domingo, com 29,49% dos votos e 79 deputados, contra os com 28,66% e 77 deputados alcançados pelo PS, quando ainda falta atribuir os quatro mandatos do círculo da emigração.
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