"Prevemos uma recuperação económica e aceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Botsuana este ano, depois do abrandamento registado no ano passado devido à suspensão temporária da importação de diamantes por parte da Índia", lê-se na nota que acompanha a decisão de manter a opinião sobre a qualidade do crédito soberano do Botsuana, um país da África Austral, situado a sul de Angola e Moçambique, e um dos poucos na região com recomendação de investimento por parte da S&P.
A perspetiva de evolução estável indica que a S&P antecipa que o PIB do Botsuana vá continuar relativamente resiliente e que isto vá, por seu turno, apoiar as receitas fiscais e as exportações, apontam os analistas, notando que apesar de ser previsível um aumento da despesa pública até às eleições de outubro, é provável que depois haja uma disciplina orçamental que compense a eventual derrapagem até outubro.
O Botsuana depende fortemente das exportações de diamantes, mas tem uma robustez institucional superior aos seus pares, considera a S&P, destacando também a "prudente gestão da riqueza dos recursos naturais" e, ao contrário da maioria dos países africanos, a baixa dívida pública.
O rating, no entanto, é limitado pela estreita base económica, já que o país "depende fortemente do setor dos diamantes e, por isso, é vulnerável a choques externos".
A S&P estima para este ano um crescimento de 4,2& e uma média de 4,7% até 2027, depois de nos últimos dois anos a expansão económica ter sido de 5,5% e 3,5%.
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