IGCP coloca 1.500 milhões em dívida a 6 e a 12 meses a juros mais altos

Portugal colocou hoje 1.500 milhões de euros, montante máximo indicativo, em Bilhetes do Tesouro a seis e a 12 meses a taxas de juros médias respetivamente de 3,736% e 3,443%, superiores às verificadas em janeiro, foi hoje anunciado.

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Lusa
20/03/2024 10:56 ‧ 20/03/2024 por Lusa

Economia

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Segundo a página do IGCP - Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública na agência Bloomberg, no prazo de seis meses, foram colocados 500 milhões de euros à taxa de juro média de 3,736%, superior à taxa verificada no último leilão comparável, em 17 de janeiro (3,660%) e a procura atingiu 1.775 milhões de euros, 3,55 vezes o montante colocado.

A 12 meses, Portugal colocou hoje 1.000 milhões de euros à taxa média de 3,443%, também superior à registada no anterior leilão de BT com esta maturidade realizado também em 17 de janeiro de 2024 (3,279%). A procura totalizou 2.128 milhões de euros, 2,13 vezes o montante colocado.

Comentando a recompra de hoje, Filipe Silva, diretor de Investimentos do Banco Carregosa, afirma que as taxas de juro têm subido porque os investidores acreditam que haverá menos descidas das taxas do que o previsto anteriormente, apesar de "os bancos centrais continuarem a dar sinais de possíveis cortes [...], com o BCE a apontar o próximo para junho".

"Lagarde ainda hoje referiu que as decisões do Banco Central Europeu continuarão a depender dos dados e serão avaliadas reunião a reunião", recordou Filipe Silva.

Ainda em relação aos leilões de hoje, o responsável do Banco Carregosa sublinha que se continua "com uma curva de taxas de juro invertida, com as taxas para os prazos mais curtos mais altas que as de prazo mais longo".

"Continuamos num regime de taxas onde o curto prazo tem prémios de risco superiores ao longo prazo", precisa Filipe Silva.

Num comunicado, o IGCP tinha anunciado que realizava hoje um leilão duplo de Bilhetes do Tesouro (BT) que vencem em 20 de setembro (seis meses) e 21 de março de 2025 (12 meses), com um montante indicativo global entre 1.250 milhões e 1.500 milhões de euros.

No anterior leilão comparável, em 17 de janeiro, a seis meses, foram colocados 565 milhões de euros à taxa de juro média de 3,660%, tendo a procura atingido 1.265 milhões de euros, 2,24 vezes o montante colocado.

Já a 12 meses, Portugal colocou 1.065 milhões de euros à taxa média de 3,279% e a procura atingiu 1.810 milhões de euros, 1,7 vezes o montante colocado.

[Notícia atualizada às 11h37]

Leia Também: 50,8 milhões por dia: Quanto os portugueses investiram em dívida pública

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