Cerca das 09:15 em Lisboa, o PSI recuava 0,28% para 6.319,85 pontos, com sete 'papéis' a descer, sete a subir e dois a manter a cotação (Altri em 5,07 euros e NOS em 3,60 euros).
Antes da abertura do mercado, a Galp divulgou que a margem de refinação duplicou no primeiro trimestre, face ao anterior, de 6,1 para 12 dólares por barril de petróleo, mas o valor caiu 16% comparativamente ao mesmo período de 2023, e a produção de petróleo e gás baixou 4% em termos homólogos e 9% em cadeia, para 115.000 barris equivalentes de petróleo por dia.
Às ações da Galp seguiam-se as da Jerónimo Martins, REN e Sonae, que baixavam 0,71% para 18,12 euros, 0,68% para 2,20 euros e 0,45% para 0,89 euros.
As ações da EDP, Navigator e CTT desvalorizavam-se 0,39% para 3,60 euros, 0,36% para 3,93 euros e 0,11% para 4,41 euros.
Em sentido contrário, as ações da Corticeira Amorim lideravam os ganhos, estando a subir 0,62% para 0,78 euros.
Também a subir, as ações da Mota-Engil, EDP Renováveis e Ibersol valorizavam-se 0,45% para 4,47 euros, 0,38% para 13,16 euros e 0,29% para 7,02 euros.
As outras três ações que se valorizavam eram as da Semapa, BCP e Greenvolt, que registavam acréscimos de 0,27% para 15,12 euros, 0,07% para 0,30 euros e 0,06% para 8,31 euros.
As principais bolsas europeias estavam hoje em alta, numa sessão de cautela face às tensões no Médio Oriente, depois de o Irão ter lançado um ataque contra Israel no sábado.
No plano económico, os investidores vão estar hoje atentos aos dados da produção industrial de fevereiro da zona euro, enquanto nos EUA, a Goldman Sachs apresenta resultados.
Embora na passada sexta-feira a possibilidade da ofensiva do Irão, em retaliação pelo ataque de Israel contra o consulado iraniano na Síria, tenha levantado tensões nos mercados (com subidas do preço do petróleo, do ouro e das obrigações), esta segunda-feira prevalece a prudência, à espera de novos desenvolvimentos.
Israel está a ponderar uma possível resposta ao ataque, mas a comunidade internacional tem apelado para que as tensões se acalmem e que o país não responda de imediato.
Os analistas da Renta4 explicam que depois das declarações do Irão, "de que o assunto está encerrado", e dos EUA, "de que não apoiarão um contra-ataque" de Israel, "os mercados estão relativamente calmos, assumindo que a tensão não vai escalar mais".
"Pelo contrário, os investidores continuarão atentos à reação de Israel e, se houver retaliação e, consequentemente, um prolongamento do conflito no Médio Oriente, poderão assistir-se a novas subidas nos preços do petróleo, bem como de refúgios seguros como as obrigações do tesouro, o ouro e o dólar", alertam.
Enquanto se aguarda a evolução da situação, o mercado acolhe com prudência este aumento das tensões: o preço do petróleo Brent, a referência na Europa, descia 0,87% a esta hora, para 89,65 dólares.
O barril de petróleo Brent para entrega em junho abriu hoje em baixa, a cotar-se a 89,74 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, contra 90,45 dólares na sexta-feira, depois do ataque do Irão contra Israel na noite de sábado.
O ouro, um dos ativos considerados de refúgio seguro em tempos de incerteza, está a subir 0,48% para 2.354,81 dólares, mas está longe dos máximos históricos que estabeleceu na passada sexta-feira, de 2.431,52 dólares.
No mercado da dívida, as taxas de rendibilidade das obrigações soberanas subiram: as americanas para 4,556% e as alemãs para 2,388%.
Os futuros dos principais indicadores de Wall Street apontam para uma abertura a verde.
A nível cambial, o euro abriu a valorizar-se no mercado de câmbios de Frankfurt, mas a cotar-se a 1,0651 dólares, contra 1,0643 dólares na sessão anterior.
Leia Também: Galp duplica margem de refinação mas cai 16% em termos homólogos